Ex-comandante da 3ª Divisão de Exército (DE), o general Marcos Amaro assumiu, ontem, como novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. Já o santa-mariense Luiz Fernando Corrêa teve o nome aprovado, também ontem, na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado para diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Agora, a indicação será votada pelo Plenário do Senado.
Reservada, a cerimônia de posse de Amaro ocorreu no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O general assume no lugar do ex-ministro Gonçalves Dias, que deixou o cargo em 19 de abril após a divulgação de imagens que o mostravam no interior do Palácio do Planalto, interagindo com os vândalos, no dia dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Desde então, o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, estava como chefe interino do GSI.
Marcos Amaro, de 65 anos, é general da reserva do Exército. Durante sua vida militar, serviu em unidades de artilharia em Jundiaí (SP), no Rio de Janeiro (RJ) e em Olinda (PE) e comandou unidades em Cuiabá (MT) e Santa Maria, exercendo o comando da 3ª DE, entre 2016 e 218 . De 2007 até o início de 2010, foi chefe da Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército. Também foi adjunto do GSI, secretário da segurança presidencial e chefe da Casa Militar da Presidência. Ainda esteve à frente do Comando Militar do Sudeste e foi chefe do Estado-Maior do Exército. O general Amaro entrou para a reserva no ano passado.
No Senado
Na sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, a mensagem com a indicação do delegado federal aposentado pelo presidente da República foi relatada na comissão pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Em seu parecer, favorável à indicação, Randolfe afirmou que a atividade de inteligência se mostra cada vez mais essencial diante de um mundo que enfrenta ameaças como terrorismo, crime organizado, espionagem e desinformação.
Para o relator, é fundamental que o órgão possa contar com estrutura e profissionalismo técnico que garanta a soberania, a defesa da democracia e a proteção da sociedade brasileira, e que não permita interferências para usos políticos.
Em sua manifestação, o santa-mariense disse que o órgão deve ser apolítico e apartidário e que a inexistência ou ineficácia de uma estrutura de inteligência técnica pode implicar riscos e graves danos ao país na execução de políticas públicas.