Procurado

Suspeito de dois assassinatos na gare está foragido

Marilice Daronco

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A delegada Débora Aparecida Dias entregou para a 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria, nesta terça-feira, o inquérito que indicia Deivid Dionatan Amaro de Oliveira, 27 anos, pela morte de Maria Silvana, vítima do 33º assassinato em Santa Maria este ano. A jovem foi jogada do Viaduto da Gare em 23 de maio. Oliveira já respondia na Justiça por um assassinato e uma tentativa de homicídio na gare. Ele havia se apresentado à 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ªDP) em 16 de junho, quando confessou ter matado Pablo Patrick Vieira Rodrigues, 21 anos, naquele que foi o 36º homicídio do ano na cidade. Porém, quando foi ouvido na Delegacia de Polícia para a Mulher, Oliveira negou a morte de Maria Silvana.

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Conforme o delegado que investiga o assassinato de Rodrigues, Marcos Ramos Vianna, Oliveira confessou que atirou contra Rodrigues e também contra Peterson da Rosa Moreira, 19 anos. Rodrigues foi atingido com um tiro na cabeça, e Moreira, com um tiro nas costas. Rodrigues não resistiu ao ferimentos e morreu. O suspeito disse que a vítima tentava roubar um vaso sanitário que estava no pátio de sua casa. Depois, Vianna descobriu que o vaso estava em uma obra que não era do suspeito. O inquérito também foi entregue à 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria.

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Desde a semana passada, quando foi aceito o pedido feito pela delegada Débora Aparecida Dias para a prisão preventiva de Oliveira, ele é considerado foragido.

Segundo Débora, algumas questões que não estavam bem claras quando o crime ocorreu já foram esclarecidas. Entre elas, está o fato de que a vítima não caiu e, sim, foi jogada do Viaduto da Gare. Além disso, apesar de ela estar sem a calça quando seu corpo foi encontrado, não havia vestígios de violência sexual. A causa da morte foi traumatismo craniano.

Para chegar ao nome do suspeito, a delegada ouviu cerca de 30 pessoas. Delas, 11 disseram que Oliveira foi a última pessoa que esteve com a vítima e duas afirmaram que viram ele bater nela na rua, à noite, pouco antes de o crime ocorrer. Imagens de câmeras de segurança da cidade também foram usadas na investigação. De acordo com a delegada, elas mostram Maria Silvana e outra mulher, que também era garota de programa, e o suspeito.

O suspeito nos apresentou um álibi falso e apontou outra pessoa como o autor. Ele chegou, inclusive, a dizer que tinha visto esse homem brigando com a vítima, mas descobrimos que o outro nem estava no local do crime afirma Débora.

O que ainda não se sabe é a motivação do crime. Durante as investigações, chegou a ser apontado que o suspeito teria brigado com a vítima porque devia a ela o dinheiro de um programa. O fato de ela ser usuária de drogas e de ele ter envolvimento com tráfico, de acordo com a delegada, também foi cogitado como uma possível motivação.

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