Vídeo com ameaças de ataques a escolas da região é investigado pela Polícia Civil

Imagens (Divulgação)

A circulação de um vídeo nas redes sociais alertou para um suposto ataque a escolas de Santa Maria, São Sepé, São Pedro do Sul e São Gabriel. O material contém imagens de armamentos e textos informando o plano, gerando pânico entre os pais, que não se sentiram seguros para enviar seus filhos para a escola. 

O delegado de São Pedro do Sul, Jun Sukekava, publicou uma nota ainda na quarta-feira (31):

A Polícia Civil informa que, referente aos fatos de suposta ameaça de grupo de facção criminosa que invadiria escolas em São Pedro do Sul, já estão sendo tomadas as medidas cabíveis, com o apoio da Brigada Militar, que está intensificando o patrulhamento junto às escolas a fim de garantir a segurança dos alunos e da comunidade.

Em entrevista ao Diário nesta sexta-feira (2), ele explica que o esclarecimento é necessário para não gerar pânico entre a comunidade escolar. A investigação para descobrir a autoria do vídeo segue em andamento, mas nada ainda foi concluído. A Polícia Civil está trabalhando em conjunto com a Brigada Militar, que fica responsável pelo monitoramento das escolas. –  Estamos em contato com as equipes das outras cidades mencionadas no vídeo. As escolas estão funcionando normalmente, o patrulhamento também. No momento, não é para ter clima de pânico.

Uma das escolas citadas no vídeo foi a EEEB Tito Ferrari. A diretora da instituição, Adriana Gomes Rodrigues, conta que assim que recebeu o material, entrou em contato com a Brigada Militar, juntamente com o Conselho Tutelar da cidade. Foi registrado um boletim de ocorrência e equipes da BM foram até a escola para averiguar a situação e recolher informações.

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A situação provocou desespero em alguns responsáveis, que optaram por buscar mais cedo ou não enviar os filhos para a escola. De acordo com a diretora, o monitoramento da Brigada Militar foi fundamental para tranquilizar a situação na escola, conhecida por ser pacífica, sem registro de situações graves. – A gente vê que os pais estão mais tranquilos e voltaram a mandar os filhos [para a escola]. Estamos em contato com as autoridades e fazendo o necessário, de uma forma silenciosa, para não aumentar o medo.

Casos recorrentes

O coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação de Santa Maria, José Luis Viera Eggres, comenta a recorrência destes casos nos últimos tempos. Em abril, um caso veio à tona em uma escola municipal de Santa Maria, no Bairro Camobi, depois que a polícia encontrou um plano de vingança elaborado por um aluno de 13 anos e documentado em uma folha de caderno. A Polícia Civil e Brigada Militar estão oferecendo o aporte necessário para monitorar as instituições que estão inseridas nas mensagens. A principal orientação repassada para a equipe escolar é registrar uma ocorrência junto às autoridades. 

Nesta mesma semana, em Santa Maria, um vídeo similar entrou em circulação nesta segunda-feira (30), envolvendo estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Santa Marta e Escola Marista Santa Marta.

– Estamos sempre atentos, contamos com a ajuda do nosso núcleo da Cipave (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar), e também orientamos que as escolas também tratam isso com muita atenção, mas também cuidado, para não potencializar a divulgação de fatos dessa natureza.

A investigação segue em andamento.

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