júri da kiss

Produtor musical afirma que teve uso de pirotecnia proibido por Kiko na boate Kiss

18.355

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Pedro Piegas (Diário)
Alexandre Marques presta depoimento na manhã deste sábado

A primeira testemunha ouvida no sábado foi o produtor musical Alexandre Marques, convocado ao júri pela defesa de Elissandro Spohr, o Kiko, ex-sócio da Boate Kiss. Alexandre era produtor da banda Multiplay, que fazia apresentações na Kiss. Ele não estava no local na noite da tragédia.

Aplicativo do Grupo Diário reúne todas notícias do Diário e do Bei, programação da rádio CDN e TV Diário

O primeiro a perguntar foi o juiz Orlando Faccini Neto. Em seguida, foi a vez da defesa. As primeiras perguntas feitas pelo advogado Jader Marques buscaram enfraquecer a tese de que Elissandro Spohr (Kiko), sócio da boate, agiu por ganância na estruturação da Boate Kiss. No depoimento, Alexandre Marques, que era produtor de uma banda que costumava tocar na boate, disse que nunca teve problemas em relação aos pagamentos por parte de Kiko.

- Quem conhece banda, sabe que no começo a gente começa a ir só pela locomoção e outras coisas. Ficou acertado que iríamos só pela locomoção e estadia era uma noite nova, mas foi nos dada bonificação porque foi uma noite muito boa - relatou a testemunha.

O primeiro contato com Kiko aconteceu por intermediação de uma produtora.

ESTRUTURA DA BOATE E PIROTECNIA

No depoimento, Alexandre disse que frequentava outros locais e que sempre teve conhecimento de que as espumas, como a que existia na Kiss, tinham a finalidade de isolar o som. A testemunha também afirmou que utilizava artefatos pirotécnicos nas apresentações da própria banda.

- Sempre quando tem pirotecnia envolvida a gente faz o reconhecimento do local, por causa do pé direito. Mas quando envolve fogo, no caso um sputinik ou gerb, temos que fazer um pré-teste (na passagem de som) - disse Alexandre Marques.

Quase sempre quietos, réus acompanham depoimentos desde o começo do julgamento do caso Kiss

A testemunha também afirmou que Kiko nunca solicitou o uso de pirotecnia por parte da banda. Em uma das apresentações, Kiko chegou a proibir o uso do sputnik, conforme Alexandre. Na oportunidade, Alexandre instalava um banner no palco e os fogos de artifício. Um técnico de som da boate chamou Kiko para verificar a instalação, quando teria feito a proibição.

- Eu cheguei, fazia a colocação, e o Sandro (funcionário da casa noturna) interveio. Nisso, o Kiko estava saindo da copa. E contei para ele que levei o material para a abertura do show da banda, e o Kiko disse: "não cara, já tem o palco bonito aqui para vocês". Eu falei do banner, e ele também não permitiu" - afirmou Alexandre, que confirmou que depois desse episódio, se apresentou outras vezes na boate e acabou não levando mais os itens que usava para efeitos no palco.

Ainda antes do meio-dia, as defesa de Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão também formularam perguntas. Questionado sobre a compra de fogos de artifícios de forma unitária, fora da caixa, a testemunha disse não ter essa prática

- Eu nunca compraria nada que não viesse em uma caixa com descrição - disse Alexandre, quando recebeu um artefato de um dos advogados, que não soube identificar.

Acompanhe o depoimento em tempo real:


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

'Avisaram minha mãe que não tinha o que fazer, pediram para ela rezar', lembra sobrevivente

Aplicativo do Grupo Diário reúne todas notícias do Diário e do Bei, programação da rádio CDN e TV Diário Próximo

Aplicativo do Grupo Diário reúne todas notícias do Diário e do Bei, programação da rádio CDN e TV Diário

Geral