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OPINIÃO: Santa Maria e região precisam de representantes nos Parlamentos

Gilson Piber

Os partidos de Santa Maria não podem se dar ao luxo de abrir mão de indicar nomes para concorrer à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa na eleição de 2018. É uma questão de sobrevivência no voto e, sobretudo, de representatividade. Apoiar forasteiros é uma posição muito cômoda, e diria bem conservadora, diante do atual quadro político. 

A cidade e a região central do Estado precisam de representantes nos Parlamentos localizados em Brasília e Porto Alegre. A cidade sempre gerou lideranças políticas de qualidade e teve voz representativa na Câmara e na Assembleia, das mais variadas matrizes ideológicas. Agora, relegar isso a segundo plano e apoiar políticos Copa do Mundo, que aparecem aqui de quatro em quatro anos ou encaminham uma emenda parlamentar em época eleitoral, convenhamos, é muita mediocridade. É abdicar de um lugar importante no cenário político do Estado e do país.

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As direções partidárias locais não podem sucumbir a pressões e arranjos dos diretórios estaduais nem ficar no marasmo da escolha e/ou decisão dos pretendentes da terrinha. É verdade que encarar uma campanha para deputado federal ou estadual exige um esforço e tanto dos candidatos. É uma tarefa árdua e nada glamorosa. Hajam sola de sapato, gasolina para colocar o carro na estrada, rumo aos municípios da região, e articulação para buscar apoiadores, angariar recursos e, o principal, milhares de votos na urna. 

A vaga do atual prefeito de Santa Maria e ex-deputado estadual, Jorge Pozzobom (PSDB), precisa ser recuperada na Assembleia Legislativa. Para o bem da nossa cidade e da nossa região. Ideal também ter mais de um representante na Câmara Federal. Nada contra os forasteiros, mas poder encontrar e cobrar os nossos parlamentares cara a cara, no fim de semana de visita à base, nas plenárias partidárias, enfim, na nossa área territorial, é algo justo.

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As siglas – leia-se filiados – também precisam apoiar os candidatos indicados, deixar as vaidades e diferenças de lado, fazer campanha ferrenha e encarar o processo de forma consciente. O fogo-amigo não contribui em nada, pelo contrário, só enfraquece o próprio partido e gera divergências desnecessárias, nas quais todos perdem, inclusive a cidade e a região.

Santa Maria e a Região Central não podem se apequenar, diante das demandas prioritárias ao desenvolvimento econômico e social. A abertura do Hospital Regional, a duplicação da RSC-287 até Tabaí (isto é fundamental), a modernização tecnológica e mais recursos para as áreas da saúde, educação, segurança e infraestrutura são alguns dos pleitos que exigem uma representatividade local forte nas esferas parlamentares para serem conseguidos frente aos governantes.

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Evidente que o eleitor santa-mariense e da região também precisa fazer o seu papel de apoiar e votar nos candidatos comprometidos com as ações da área central do Rio Grande do Sul. Do contrário, o protagonismo político vai para outras regiões do Estado e nós, enquanto cidade e área territorial, seguiremos sendo coadjuvantes do processo e ficaremos à mercê, e de pires na mão, da boa vontade dos poderes da Capital e de Brasília.

Há quem diga que a ¿democracia representativa¿ brasileira representa apenas interesses do poder soberano. Porém, cabe à sociedade organizada – trabalhadores, estudantes, empresários, entidades, movimentos etc – colocar em discussão os reais temas de sua relevância. E cobrar que eles sejam executados pelos parlamentares e governos em benefício da maioria da população.

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