Artigo

OPINIÃO: Não esquecemos

Padre Xiko

O tempo passa. Passam os dias, os meses e os anos, mas não passam as saudades, as memórias e as lembranças daquelas pessoas que aprendemos a querer bem, a amar – aquelas pessoas que fizeram partem de nossa vida e de nossa história e já partiram. 

OPINIÃO: O que deixa as pessoas felizes

Não nos esquecemos daquelas pessoas que foram pontos de referência, que, de alguma forma, marcaram nossas vidas com suas palavras e, de modo especial, com suas atitudes coerentes e solidárias. Garanto que não esquecemos aquelas pessoas que mereceram, com verdade, o título de amigos – aqueles e aquelas que guardamos ao lado esquerdo do peito.

Com certeza, não só não esquecemos, como continuamos a venerá-las e admirá-las por tudo o que significaram para nós; continuamos tendo-as em nossos pensamentos e recordando o quanto foram importantes e quanta falta nos fazem. 

OPINIÃO: Pequena alegoria sobre acidade na qual queremos viver

Chegou, mais uma vez, o dia mais oportuno (mesmo que todos os dias sejam oportunos) para prestar nossa homenagem, renovar nossa gratidão, elevar uma fervorosa prece e, às vezes, até derramar uma lágrima de saudade e amor por essas pessoas que nos deixaram, que foram para a outra dimensão, deixando-nos aqui saudosos, mesmo que acreditemos que elas estejam. É dia de finados! Neste dia, sentimos necessidade de dizer o quanto nossos entes queridos nos fazem falta e cuja companhia nos fazia felizes; o quanto sentimos a ausência de sua palavra amiga, de seu gesto afetuoso e de sua companhia enriquecedora. 

Neste dia, de memória e saudade, queremos, mais uma vez, expressar nosso desejo e nossa certeza (na fé) de que eles vivem numa outra pátria, num outro horizonte. Sim, queremos expressar nosso profundo desejo de um dia nos rever, voltar a nos abraçar, quando o amor de Cristo triunfar totalmente sobre a morte.

 Por outro lado, o Dia de Finados nos proporciona uma oportunidade de revisão de nossa vida e de nossas atitudes. Constitui-se num dia de reflexão, de meditação e, de modo particular, numa excelente oportunidade para repensarmos sobre a brevidade de nossa existência e, ao mesmo tempo, num convite a reafirmar a grandeza, a dignidade e a importância de nossa vida e, acima de tudo, sobre a possibilidade de nos darmos conta da   sua sacralidade. Verdade que somos sujeitos de nossa vida, porém, não somos donos dela; somos apenas administradores desse dom, o mais precioso bem que recebemos. 

OPINIÃO: Ilegítimo

Portanto, cabe-nos cuidar e zelar para que a nossa vida seja como um tesouro e, ao mesmo tempo, um bem comum. E a melhor forma de cuidá-la, e torná-la um serviço, é colocá-la à disposição dos outros através de nossa solidariedade e da possibilidade de nossa partilha. 

 Enfim, aos falecidos, nossa homenagem, nossa prece e nosso amor.  Aos companheiros de caminhada, renovamos nossa esperança e nosso amor à vida, com os desejos de que cada um cuide de sua vida da melhor maneira possível como retribuição à sua gratuidade. Abençoado feriado a todos!


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