Árvore-símbolo em risco

O pé de plátano, que dá nome ao bairro perto da ERS-509, pode ser cortado

Fernando Goettems e Marci Hences

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A duplicação da ERS-509, na Faixa Velha de Camobi, fez com que 279 árvores fossem retiradas do trecho entre o Trevo do Castelinho e a Igreja do Amaral. Dessas, 11 árvores nativas - 7 butiás, 3 jerivás e 1 figueira -  foram transplantadas para locais próximos à faixa, de acordo com a Ambiethos Consultoria Ambiental, que faz o monitoramento ambiental para implantação da obra. As demais, segundo a empresa, não suportariam a mudança e a madeira que restou do corte foi doada a moradores do bairro.

Luiz Cláudio da Silva, diretor da Ambiethos, salienta que cerca de 2,8 mil árvores terão de ser repostas em local indicado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam). Às margens da rodovia, de acordo com Silva, não haverá a possibilidade de isso ocorrer, em razão da duplicação. A reposição das árvores deve ser feita em outros locais do bairro. 

O pé de plátano, árvore-símbolo do bairro, poderá ser cortado
 
Com a duplicação da ERS-509, na Faixa Velha de Camobi, um pé de plátano, árvore que é símbolo e dá nome ao bairro, corre o risco de ser cortado, pois poderia atrapalhar a obra. Segundo Pedro Della Pasqua, da Della Pasqua Engenharia e Construção, empresa responsável pela duplicação, a intenção é preservar essa planta, pois ela é um ponto de referência e uma característica cultural daquela região da cidade.

Se for preservado, o plátano deverá ficar no canteiro central, no meio das duas vias. O pé de plátano está localizado no início do quilômetro 2 da ERS-509, na margem esquerda. Segundo a Della Pasqua, a nova faixa deve passar ao lado da atual, na margem esquerda (sentido Centro-Camobi). A preservação do pé de plátano é uma das preocupações da comunidade que vive no bairro. Os moradores acreditam que ele foi plantado há pelo menos 80 anos.

De acordo com Cristiano Horbach Prass, engenheiro florestal da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o plátano é uma árvore exótica, não é nativa, e, portanto, conforme a Legislação Federal, o seu corte não é proibido. Nesse caso, ele não precisa ser transplantado.
- Além disso, por ser uma árvore grande (a planta adulta pode atingir até 30 metros de altura, dificilmente ela sobreviveria se fosse transplantada para outro lugar - disse Prass.

Luiz Cláudio da Silva, diretor da Ambiethos Consultoria Ambiental, disse que o plátano é uma árvore trazida pelos italianos da Europa, e que podem ser feitas mudas com as mesmas características genéticas e plantadas em outros lugares.

A sanidade da árvore também deve ser analisada. Segundo Prass, os plátanos podem durar até 150 anos.

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