Nova proposta financeira para o transporte coletivo em Santa Maria deve ser apresentada na quarta-feira

Foto: Nathália Schneider (arquivo/Diário)

A situação do transporte coletivo voltou a ser discutida em Santa Maria. Para evitar a possibilidade de greve, empresas do setor e a prefeitura participaram de uma reunião na tarde desta segunda-feira (17). No encontro, que contou com a presença do procurador geral do Município, Guilherme Cortez, foram apresentadas as reivindicações das categorias e os cálculos sobre a operação do transporte coletivo realizados pela Secretaria de Mobilidade Urbana. 

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Conforme o secretário da pasta, Orion Ponsi, uma nova proposta deve ser analisada pelo Executivo Municipal e apresentada para as empresas em reunião na quarta-feira (19). 

– O governo já se posicionou junto aos operadores. Faremos toda a cobertura financeira do déficit tarifário ocorrido até esse momento e com previsão até o final de 2024, tal qual os cálculos que apresentamos para a Secretaria de Finanças. Neste momento, entramos na segunda etapa, que foi receber e acolher algumas proposições e sugestões. Iremos avaliar e na quarta, teremos uma reunião de governo para compor isso internamente, além de apresentar uma solução final para os operadores, com as previsões de prazos de execução. Isso porque a situação demanda também outras medidas e que passam inclusive pela Câmara de Vereadores. Queremos entregar para a população uma solução e não esse clima de instabilidade que há em torno do transporte coletivo – afirma Ponsi. 

Categorias

Entre os participantes da reunião desta segunda-feira, estava o diretor da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria, Edmilson Gabardo. Entre as reivindicações, está o pagamento do subsídio por parte da prefeitura. Atualmente, os passageiros pagam R$ 5 e a prefeitura, por meio de um subsídio, R$ 1,15 para chegar ao valor de tarifa aprovada no ano passado, que é de R$ 6,15. Conforme Gabardo, o Executivo não estaria pagando esse valor desde dezembro de 2023, sendo que o montante já passa de R$ 7 milhões. Em entrevista ao Diário, ele destacou a importância das negociações:

A reivindicação é de que recebamos pelo trabalho que estamos fazendo. Hoje, precisamos de um valor para prestar o serviço: R$ 7,5 milhões por mês. Estamos arrecadando R$ 5,5 milhões e faltam R$ 2 milhões todos os meses para fechar a conta dos nossos gastos e despesas. Então, precisamos desse valor para pagar os funcionários com a correção, os fornecedores e acima de tudo, continuar trabalhando.

Outra categoria que aguarda por uma solução é a dos motoristas e cobradores. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região (Sitracover Sm), Rogério Costa, a categoria busca reposição salarial em meio às intensas reduções. O número de trabalhadores baixou de 1,1 mil para 500. O sindicato pede a inflação do período, que seria 3,82%, e 6% de aumento real. 

As perdas salariais são enormes e estão em 36% desde o período da pandemia. Por isso, pedimos mais 6% de ganho real. A possibilidade de greve não é descartada, porque não tem mais o que ser feito. Os empresários dizem que não tem de onde tirar e nós ficamos neste ‘tiroteio’ entre prefeitura e empresários em relação à questão tarifária. Enquanto isso, o trabalhador está sofrendo. Estamos com a categoria reduzida também – comenta Costa.  

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