Há cerca de um mês, oLions Clube Santa Maria Camobi, deixou de ter sede no Centro de Eventos (CE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A entidade, que existe desde 1989, estava instalada na área da instituição, desde 1992.
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Segundo o presidente do Lions, Vilmar Colpo, havia um contrato de comodato, entre a entidade e a UFSM, que venceu em 2011. No mesmo ano, foi feito um adendo ao contrato para permanência de mais um período. Uma notificação de comprometimento de deixar a sede também foi assinada pelo Lions.
Apesar de o Lions acatar a decisão da universidade e deixar o local, questiona alguns procedimentos. Um deles é que, ainda no primeiro contrato, a área descrita como sede da entidade era próxima ao Ique (Av. Roraima). Outra situação que causou descontentamento foi o fato de, nos últimos dois anos, as contas de água e luz, não serem encaminhadas para o pagamento.
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– Além de perdermos a sede, temos uma conta acumulada de cerca de 4,8 mil. Tentávamos pagar e nos diziam que não estavam mais emitindo as contas – relata Colpo.
O presidente também lamenta o fato de o Lions ter construído o espaço – com cerca de 40 m² – com recursos próprios e ter de deixar tudo, inclusive, um avanço metálico que servia como área coberta e que foi instalado há três anos. A estrutura, que custou R$ 12 mil, protegia estandes montados para a comercialização de lanches, que o Lions costumava fazer durante a Expofeira.
Xontudo, o diretor do Centro de Eventos, Rudinei Soares Pereira, foi enfático:
– Existia um contrato que foi encerrado ainda em 2011. Em razão das demandas da universidade e em função da expansão da Agittec (Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia) , tiveram (o Lions) de sair.
IMPROVISO
A assessoria do Gabinete do Reitor confirmou o motivo e acrescentou que o local deve sediar uma incubadora tecnológica da universidade. O segmento não foi informado. Também salientou que as relações entre o setor público e o privado são estabelecidas por convênio ou por comodatos e, que apesar de o Lions atuar em ações beneficentes, é uma atividade privada.
– Somos uma entidade sem fins-lucrativos, prestamos serviços para comunidade e, depois que fomos notificados, tentamos ficar mais, pensávamos em usufruir por mais anos. Mas não aceitaram. Então, nossa atitude foi sair amigavelmente – pontua Colpo.
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O Lions segue sem sede, atuando de forma improvisada. Há dias, tenta, junto à prefeitura, conseguir um terreno para que a entidade construa um novo imóvel. As reuniões do grupo têm ocorrido em uma sala do CTG Sentinela da Querência. Já os arquivos e móveis que estavam no prédio da UFSM estão guardados em um depósito particular.