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Lions Clube Camobi sai de área da UFSM e segue sem sede

Pâmela Rubin Matge

Há cerca de um mês, oLions Clube Santa Maria Camobi, deixou de ter sede no Centro de Eventos (CE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A entidade, que existe desde 1989, estava instalada na área da instituição, desde 1992.

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Segundo o  presidente do Lions, Vilmar Colpo, havia um contrato de comodato, entre a entidade e a UFSM, que venceu em 2011. No mesmo ano, foi feito um adendo ao contrato para permanência de mais um período.  Uma notificação de comprometimento de deixar a sede também foi assinada pelo Lions.

Apesar de o Lions acatar a decisão da universidade e deixar o local, questiona alguns procedimentos. Um deles é que, ainda no primeiro contrato, a área descrita como sede da entidade era próxima ao Ique (Av. Roraima). Outra situação que causou descontentamento foi o fato de, nos últimos dois anos, as contas de água e luz, não serem encaminhadas para o pagamento.

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– Além de perdermos a sede, temos uma conta acumulada de cerca de 4,8 mil. Tentávamos pagar e nos diziam que não estavam mais emitindo as contas – relata Colpo.

Foto: Gabriel Haesbaert / NewCo DSM

O presidente também lamenta o fato de o Lions ter construído o espaço – com cerca de 40 m² – com recursos próprios e ter de deixar tudo, inclusive, um avanço metálico que servia como área coberta e que foi instalado há três anos. A estrutura, que custou R$ 12 mil,  protegia estandes montados para a comercialização de lanches, que o Lions costumava fazer durante a Expofeira.

Xontudo, o diretor do Centro de Eventos, Rudinei Soares Pereira, foi enfático:

– Existia um contrato que foi encerrado ainda em 2011. Em razão das demandas da universidade e em função da expansão da Agittec (Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia) , tiveram (o Lions) de sair.

IMPROVISO
A assessoria do Gabinete do Reitor confirmou o motivo e acrescentou que o local deve sediar uma incubadora tecnológica da universidade. O segmento não foi informado. Também salientou que as relações entre o setor público e o privado são estabelecidas por convênio ou por comodatos e, que apesar de o Lions atuar em ações beneficentes, é uma atividade privada.

– Somos uma entidade sem fins-lucrativos, prestamos serviços para comunidade e, depois que fomos notificados, tentamos ficar mais, pensávamos em usufruir por mais anos. Mas não aceitaram. Então, nossa atitude foi sair amigavelmente – pontua Colpo.

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O Lions segue sem sede, atuando de forma improvisada. Há dias, tenta, junto à prefeitura, conseguir um terreno para que a entidade construa um novo imóvel. As reuniões do grupo têm ocorrido em uma sala do CTG Sentinela da Querência. Já os arquivos e móveis que estavam no prédio da UFSM estão guardados em um depósito particular.

 

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