"Nós temos dinheiro garantido para comprar 190 casas", afirma Pozzobom sobre novas moradias para as famílias em aluguel social após enchentes

Fotos: Beto Albert (Diário)

Casa afetada com as enchentes no Morro do Cechella.

​Mais de 300 famílias saíram de suas casas durante as enchentes de final de abril e início de maio e estão em aluguel social. Destas, somente 29 estão com casa própria. No entanto, esse número irá crescer, afirma o atual prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB). Conforme o gestor, o dinheiro para comprar pelo menos 190 casas já está confirmado. 

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Conforme Pozzobom, durante entrevista a rádio CDN, 93.5 FM, foram 309 famílias no aluguel social (quando a prefeitura se comprometeu a pagar um aluguel por 12 meses de um imóvel de até R$ 1,2 mil por mês). Elas saíram principalmente da Rua Canário, no Morro do Cechella, da Vila Churupa e Vila Bilibio. A maioria aguarda uma casa nova. 

Casa afetada com as enchentes no Morro do Cechella.

–  Nós temos garantido o dinheiro para comprar mais 190 casas. Esse valor sairá por meio de um processo judicial. Quero garantir de maneira absoluta que nós vamos comprar casa para todas as pessoas que perderam as suas durante as enchentes – pontua Pozzobom. 

A família da auxiliar de limpeza Raquel Castro de Lima, 44 anos, ainda precisa subir o inacabado acesso para a Vila Bilibio, que fica próximo à BR-158, na curva da subida a Itaara, logo após o Trevo do Castelinho, e é circundada por um morro.

Chegando mais perto do morro, há uma placa de "área interditada", devido ao deslizamento que houve nas fortes chuvas de abril e maio. Bem próximo mora Raquel, o marido e a filha, mas não porque eles querem. Enquanto a casa nova não vem, o aluguel social está inacessível na cidade, reclama:

Raquel Castro próxima a entrada da área de risco, local em que tem sua casa.

– Continuamos morando aqui porque não conseguimos alugar pelo aluguel social. Nós temos a carta do aluguel social, tudo certo, mas estamos com dificuldade de achar a casa. Quando a gente acha, eles não querem alugar por esse sistema. E quem está morando com o aluguel social tem prioridade para ter a casa definitiva.  E, como eu não estou, vou ficar por último na fila. Foi o que a mulher da prefeitura me passou – explica Raquel. 

Ela ainda complementa que a compra definitiva de uma casa pela prefeitura funciona por processos. O primeiro depende de encontrar a moradia e confirmar o desejo de venda com o proprietário. Em sequência, encaminhar os dados para a prefeitura, a qual fará uma vistoria antes da compra. O valor limite é de R$ 200 mil. 

As casas já entregues foram dadas pela BK Construtora, Construtora Jobim e governo federal. Além disso, a prefeitura realocou dois de seus imóveis e vendeu dois terrenos, também da prefeitura. Com o valor, comprou 10 casas. Todas as unidades já foram entregues às famílias. 

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Valor federal

Além do valor municipal, o governo federal prometeu R$ 21 milhões para futuras obras no Morro Cechella. A prefeitura indica que o valor poderia comprar mais 120 casas. As quais não foram adquiridas, pois o montante ainda não chegou.

– Mas se o governo federal não liberar mais dinheiro, posso garantir para todo mundo que já tratamos com a Caixa Econômica Federal para fazermos um financiamento. Com ele, vamos comprar casa para todo mundo. Mas espero, realmente espero, que o governo cumpra com o que prometeu – completa Pozzobom, que se despede da prefeitura no final deste ano. 

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Bibiana Pinheiro

bibiana.pinheiro@diariosm.com.br

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