João Gilberto Lucas Coelho: meio ambiente e cidadania

Redação do Diário

João Gilberto Lucas CoelhoAdvogado

Domingo passado, 5 de junho, assinalou o Dia Mundial do Meio Ambiente, deliberado pela Organização das Nações Unidas na Conferência de Estocolmo em 1972. Mesmo num cenário de pandemia e guerra, a data foi celebrada e momento de reflexões e posicionamentos a respeito das grandes ameaças presentes ao ambiente e à humanidade como a poluição de terra, ar e águas; desmatamento; extinção de espécies vegetais e animais; mudanças climáticas.

Na ECO 92, no Rio de Janeiro, com a presença de 178 chefes de Estado, foi criada a Convenção Quadro para a Mudança Climática (UNFCCC) e, desde então, anual ou bianualmente realizam-se as COP, conferências dos estados partes, signatários da referida Convenção. Em 2015, em Paris, numa dessas COP, foi estabelecido um limite de graus para o aquecimento global e reconhecidas as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para o cumprimento de tal meta. Este ano está prevista a COP 27 a ser realizada em novembro no Egito (em Sharm el-Sheikh).

A questão ambiental, no plano mundial, está muito focada na emergência das mudanças climáticas, suas causas e efeitos, e as conferências referidas têm tratado especialmente deste tema. Mas, existem outras Convenções das Nações Unidas sobre assuntos ambientais como diversidade biológica e poluição dos oceanos.

A proteção do meio ambiente é pauta da humanidade, agenda de cada país e compromisso do cidadão.

É na responsabilidade individual e comunitária que desejo focar reflexões. Não é fácil despertar as consciências para tal e, mesmo entre os convictos da necessidade de não poluir, transformar isso em práticas cotidianas é assaz árduo e exige persistência.

Quem de nós não descarta lixo no meio ambiente de forma poluidora? Um pedaço de plástico, os fumantes uma bagana de cigarro? Quantos de nós se questionam sobre se seu modo de vida e atividade econômica é fonte de carbono na atmosfera e aquecimento global? Quando colocamos nas prioridades o tratamento que o nosso esgoto sanitário está recebendo ou se ele vai in natura para a terra, o rio, o mar?

Há coisas simples e que ajudam muito. Separar o lixo, por exemplo. Minha rua tem coleta seletiva e poucas são as residências que destinam corretamente o lixo reciclável. E se a cidade não tiver coleta seletiva? Muitas têm catadores e organizações que dão bom destino ao reciclável, direcionar tais resíduos para eles. Produzimos lixo orgânico que pode ser usado, quem tem pátio, para composteira ou minhocário resultando em adubo para jardins e hortas.

Quando buscamos um modo de vida saudável para cada um como ser humano, estamos diminuindo a sobrecarga na natureza. Meio ambiente e saúde humana são indissociáveis.

Não adianta desolar-se com a ilha de plástico no oceano e jogar a sacolinha no ambiente. Que o Dia Mundial do Meio Ambiente, as emergências globais e os severos eventos da natureza ferida despertem-nos para mudanças de atitude e de prática.

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