A primeira reunião da Comissão Representativa da Câmara de Vereadores de Santa Maria durante o recesso ocorreu na terça-feira (7). E foi a primeira oportunidade dos nove parlamentares novos para esta legislatura – três deles retornam à Casa e seis são estreantes – se manifestarem na Tribuna. Confira o que disseram. A ordem é dos pronunciamentos na Tribuna.
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Críticas ao veto do ex-prefeito
Vereadora mais votada em 2024, Alice Carvalho estreou a bancada do PSol e focou no veto do ex-prefeito Jorge Pozzobon (PSDB) à meia passagem para trabalhadores que ganham até dois salários mínimos brutos e professores. Ela criticou a medida no “apagar das luzes”. “Vamos lutar pela reversão dessa medida. As categorias tenham certeza que nosso mandato vai estar à disposição da luta da classe trabalhadora na cidade”, ressaltou Alice.
Posicionado nos ideais
Representante da primeira bancada do Novo na Câmara, Luiz Roberto Meneghetti marcou posição ao destacar as bandeiras do partido, como liberdades individuais, direito à propriedade, livre mercado e o Estado Democrático de Direito. “Tenho orgulho de fazer parte de um partido que não se evolve em escândalos, que presta conta de suas ações e se posiciona sempre ao lado do que é certo”, frisou Meneghetti.
Sem extremismos
Também estreante no Legislativo, Lorenzo Pichinin (PSDB) disse que até “dá um friozinho na barriga” a estreia, destacando que tem compromisso com os eleitores que o elegeram, principalmente os dos distritos. Pontuou também como pauta do mandato a saúde, que “a gente reconhece que precisa melhorar”. Por fim, condenou os extremismos. “O pessoal está cansado desse radicalismo, desses debates que não vão a lugar nenhum, a gente tem de pensar na cidade”, pregou Pichinin.
Foco na educação
Estreante no Legislativo, Luiz Fernando Lemos (PDT), professor da UFSM, focou seu primeiro pronunciamento em investimentos da educação – bandeira de seu partido – para dar melhores oportunidades para crianças e mantê-las longe da criminalidade. “Nós precisamos de educação integral e em turno integral, vou lutar por isso”, prometeu Lemos, apontando outros temas que pretende defender no Legislativo, entre eles a causa animal e políticas para idosos, pessoas surdas e também para as que precisam de acessibilidade.
Com bagagem
No retorno à Câmara de Santa Maria para o 7º mandato, intercalado duas vezes pelo cargo de vice-prefeito, o veterano Sergio Cechin (Progressistas) foi à Tribuna para informar que o deputado federal Afonso Hamm (Progressistas) anunciou R$ 500 mil para a cidade em emenda no Orçamento da União para 2025. Do alto de sua experiência na Casa, pregou o respeito às divergências. “Cada um de nós tem as ideologias, mas o mais importante é o respeito, os interesses da comunidade acima dos interesses partidários e acima dos interesses pessoais”.
Recado de oposição
Sidi Cardoso (PT), outro parlamentar novato da Câmara, defendeu melhorias nas estradas e na infraestrutura geral dos distritos e alternativas para desafogar o trânsito da cidade. Também disse que é papel do Legislativo auxiliar na busca de recursos para o município. Ele enalteceu, ainda, a democracia, lembrando que o PT foi vencedor no 1º turno e derrotado no 2º no pleito em Santa Maria. Além disso, pontuou o papel de oposição: “Somos da oposição, mas da oposição construtiva, do diálogo, para fiscalizar, legislar”.
Incomodado
De volta ao Parlamento, Luiz Carlos Fort (Progressistas) agradeceu a acolhida do seu partido e explicou os motivos de ter retornado ao Legislativo depois de oito anos afastado. “Retornei a esta Casa porque estava incomodado com algumas bandeiras, primeiro o abandono total do Guarani-Atlântico”, afirmou ele, enfatizando que irá cobrar “nosso governo”, que ajudou a eleger. Acrescentou que irá se dedicar à bandeira da inclusão com projetos sociais para crianças e adolescentes e à construção de um centro de referência do transtorno do espectro autista. Fort, que foi anunciado secretário de Serviços Públicos, defendeu que a cidade precisar ser cuidada, além da administração, pela população.
Construtivo
Marcelo Bisogno (União Brasil) também é outro parlamentar que retorna ao Legislativo. Como foi candidato a prefeito nas duas eleições anteriores, 2016 e 2020, disse que irá pautar o mandato com base em seu plano de governo. Entre as bandeiras, citou a mobilidade urbana, a educação, o empreendedorismo, melhorias nos distritos e no transporte público. E defendeu, principalmente, a implantação da gestão plena da saúde para melhorar o atendimento da população. “É construtivo o nosso mandato, de resultados”, prometeu.
A continuidade
Novato na Câmara, Guilherme Badke (Republicanos), Manequinho, dará continuidade ao legado do pai no Parlamento, Manoel Badke (União Brasil), que encerrou um ciclo de 24 anos na Casa, no final de 2024. “Vamos trilhar um caminho novo, mas sempre respeitando as ideologias e segmento dele, que foi um político muito honesto”, elogiou. E defendeu na Tribuna bandeiras pregadas pelo pai: a saúde, principalmente, com um PA para a região de Camobi.
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