Foto: Ricardo Stuckert (Divulgação)
Guardadas as disputas ideológicas exacerbadas no Brasil, nunca é bom um Estado ou município perder um ministro. O anúncio da saída do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o santa-mariense Paulo Pimenta (PT), nesta terça-feira (7), significa que o Rio Grande do Sul e Santa Maria ficarão sem representante no governo federal, pelo menos por enquanto. Isso porque não há definição sobre o futuro de Pimenta no Palácio do Planalto ou na Câmara dos Deputados.
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Não há dúvida que a situação do Estado, atingido pelo maior evento climático da sua história, seria muito mais difícil em relação ao apoio do governo federal se não tivesse Pimenta trabalhando e acompanhando de perto. Há reclamações, sim, que nem todos os recursos chegaram aos municípios, mas, certamente, o cenário seria bem pior sem um ministro gaúcho.
Comunicação pagou a conta pelos números negativos
O anúncio da substituição de Pimenta pelo marqueteiro da campanha do presidente Lula (PT) em 2022, Sedônio Palmeira, não chega ser uma surpresa, já que, desde o fim do ano passado, especulações davam conta de sua saída. Isso porque Lula não estaria contente com a comunicação do governo.
Só que os números da avaliação negativa do governo não podem ser depositados só na conta da Secretaria da Comunicação. A economia é o termômetro de uma gestão e, neste momento, o brasileiro tem sofrido os impactos dos altos preços, além de muitas promessas de campanhas não entregues. Se esse cenário não mudar, não há marqueteiro que dê jeito na popularidade do governo.
Sobre o futuro de Pimenta, ele sinalizou em conversa por mensagem ao Diário que pode continuar tendo “tarefas de governo”. Mas uma definição só ocorrerá em conversa com Lula no dia 21, quando retornará das férias já programadas. Pela fidelidade a Lula, especialmente nos momentos mais difíceis durante sua prisão em que muitos petistas de grife viraram às costas, Pimenta, que é deputado federal, terá outro cargo no Planalto ou a liderança na Câmara.