Foto: Beto Albert (Diário)
O BYD Dolphin Min foi o modelo mais vendido pela concessionária em 2024.
Modernos e bem equipados, eles chamam a atenção. Em Santa Maria, há quem perceba o aumento de carros elétricos nas ruas, em especial, os fabricados pela marca chinesa Build Your Dreams (BYD), do grupo gaúcho Iesa. Na concessionária localizada na Avenida Helvio Basso, a linha BYD Dolphin corresponde a cerca de 70% das vendas de 2024, totalizando 184 dos 262 carros comercializados.
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Quem lidera o ranking dos mais procurados é o Dolphin Mini, com 126 vendas. Eleito o carro elétrico mais vendido do Brasil em 2024, o modelo subcompacto possui bateria de 38 kWh, autonomia de para rodar cerca de 300 km sem recarregar e pode ser adquirido por R$ 118.800.
De acordo com Ordani Cezar Lemes, gerente comercial do Grupo Iesa BYD em Santa Maria, a ideia da Iesa de apostar em um ponto presencial para a venda de carros elétricos no município foi bem aceita pelos consumidores, que chegam a vir de outras cidades da região para comprar um modelo. A unidade inaugurou no dia 28 de fevereiro de 2024.
O bom desempenho da BYD em 224 também chama a atenção. No último ano, a marca acumulou 76.713 veículos emplacados no país, marcando um crescimento de 327,68% em comparação aos 17.937 carros registrados em 2023.
Segundo ele, além disso, a quantidade e qualidade dos equipamentos disponíveis nos veículos (sejam eles 100% elétricos ou híbridos), o baixo ruído e a zero emissão de poluentes são alguns pontos que chamam a atenção dos clientes.
— Muitos clientes chegam na concessionária sabendo muitos detalhes do veículo, eles vêm até aqui só para conhecer o carro fisicamente mesmo. E na grande maioria, eles se surpreendem positivamente. Quando o cliente olha o design do carro, conhece o produto e ele faz o test drive, fica mais evidente ainda a satisfação — relata.
O caso do farmacêutico Eduardo Pilecco Pirotti é um exemplo disso. Segundo ele, a pesquisa foi fundamental na hora de fazer o investimento em um novo veículo. Acompanhado da esposa e do filho, ele veio de Tupanciretã até a concessionária em Santa Maria para levar a mais nova aquisição para casa. O modelo escolhido foi um SUV híbrido plug-in, o BYD Song Pro GS 2025, equipado com um motor elétrico de 197 cavalos, combinado com uma bateria de 18,3 kWh, permitindo maior autonomia no modo 100% elétrico.
No momento, a ideia é manter o funcionamento 100% elétrico na cidade, e usar o motor a combustão para enfrentar viagens mais longas, sem o risco de ficar sem bateria.
— Eu sempre gostei de cuidar do meio ambiente também, já tenho uma moto elétrica e agora estou passando para um híbrido. Já fiz a instalação do meu carregador que pode ser usado na tomada 220v e pretendo carregar em casa mesmo. Assim que existirem mais postos de abastecimento de carros elétricos, quero passar para um 100% — conta.
O Mini
O modelo Mini da linha BYD Dolphin de quatro lugares foi lançado no Brasil em fevereiro de 2024 e rapidamente subiu para o topo dos veículos elétricos mais vendidos no país. Para o modelo, o plano de revisões prevê manutenções preventivas a cada 20.000 km com preços que variam de R$ 370 e R$ 1.000, alternadamente. A versão conta com um motor elétrico frontal de 75 cavalos e é equipado com baterias Blade de LFT de 38 KWh.
Em julho, o modelo de cinco lugares foi lançado no país custando R$ 119.800 — R$ 4.000 a mais do modelo de quatro lugares.
Nas medidas, o subcompacto (de quatro ou cinco lugares) mede 3,78 metros de comprimento, 1,71 metros de largura e altura de 1,58 metros. Com uma distância entre-eixos de 2,50 metros, ele oferece um tamanho considerável para essa categoria, superando modelos como o Fiat Mobi e Renault Kwid, por exemplo.
No país, o Mini se consagrou como o carro mais vendido em 2024 e desbancou o Dolphin, que ficou com o segundo lugar.
O modelo de cinco lugares tem os mesmos equipamentos que o de quatro lugares. Veja alguns deles:
- Rodas aro 16";
- Seis airbags;
- Faróis de LEDs;
- Acendimento automático dos faróis;
- Ajuste elétrico do banco do motorista;
- Controle de cruzeiro e atualização remota do sistema;
- Câmera de 360 graus;
- Bancos de couro sintético;
- Acesso por chave presencial;
- Partida por botão;
- Carregador de celular por indução;
- Central multimídia de 10,1 polegadas com tela;
- Câmera e sensor de ré;
- Controlador de velocidade;
Garantia
A garantia da bateria do BYD Dolphin Mini é de oito anos, sem limite de quilometragem. Já a garantia do veículo é de cinco anos ou 500 mil km, mas pode ser reduzida para dois anos ou 100 mil km para uso comercial ou de aplicativo.
Top modelos mais vendidos na BYD Santa Maria
- 1° lugar: BYD Dolphin Mini: 126 veículos vendidos. Valor: R$
- 2º lugar: BYD Dolphin GS/Plus: 58 veículos vendidos
- 3° lugar: linha BYD Song: 48 veículos vendidos
- 4° lugar: BYD King: 10 veículos vendidos
- 5º lugar: BYD Seal: 6 veículos vendidos
Diferenças
Apesar do crescimento significativo, muita gente ainda não tem certeza se vale ou não a pena comprar um automóvel elétrico. Na hora de calcular o investimento, mesmo com o benefícios da baixa manutenção e a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), questões relacionadas a desempenho e custos de uso no dia a dia são frequentes na cabeça do consumidor. Por isso, é importante entender como cada sistema funciona, seja ele 100% elétrico ou híbrido.
- Totalmente elétricos: carros que utilizam a bateria como única fonte de energia. Dentro deste tipo, estão os carros elétricos a bateria (BEV), que podem ser abastecidos pela rede elétrica e também podem ter a bateria carregada parcialmente pelos freios regenerativos; e os carros elétricos a célula de combustível (FCEV), que utilizam hidrogênio e células de combustível para carregar um motor elétrico;
- Híbridos: nesse caso, o motor a combustão é responsável por recarregar a bateria, através de um sistema de recuperação de energia durante a frenagem. O motor elétrico é usado como apoio ao motor a combustão, e o carro não pode ser conectado a uma fonte externa de energia;
- Híbridos plug-in: o carro pode ser conectado a uma tomada elétrica para recarregar a bateria, e tem uma autonomia elétrica maior do que o híbrido convencional. O motor elétrico pode ser o principal ou o secundário, e o carro pode ser usado em modo 100% elétrico.
Recarga
Quem pretende investir em carros elétricos não pode depender de sistemas públicos de recarga, segundo a engenheira elétrica, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciane Neves. Isso por que em muito destes lugares, apesar de gratuita, a recarga é lenta e pode não ser tão eficiente. Por isso, o ideal é contar com um ponto em casa.
— O usuário deve ter a possibilidade de carregar o carro na sua residência, principalmente por que essa recarga pode ser cobrada. Para isso, existem carregadores comercialmente disponíveis, ou o que vem junto com o carro, que chegam potências até 7 kilowatts que é bem tranquilo de ter em casa, é a mesma potência de um chuveiro.
No caso dos 100% elétricos da BYD, o carro é vendido junto de um carregador Wall Box para ser instalado na parede em casa. Nesse caso, a potência do carregador pode variar de 3,7 kW a 22 kW, e o tempo da recarga pode variar entre duas e 12 horas.
Já os híbridos acompanham um carregador portátil, que pode ser ligado em tomadas domésticas ou industriais. Segundo Luciane, se a bateria do carro estiver zerada, ela pode levar até três dias para carregar 100%.
Quem quiser adquirir o carregador pessoalmente, o aparelho custa cerca de R$ 4 mil e o Wall Box em torno de R$ 6,8 mil.
Pensando na economia, placas solares são bem-vindas:
— Se a pessoa, por exemplo, vai construir uma casa já pensando em ter um veículo elétrico, ela pode colocar uma quantidade um pouco maior de módulos fotovoltaicos (equipamentos que captam a energia solar e a convertem em energia elétrica) de forma que esses módulos possam contribuir durante o mês para compensar toda a recarga dele. Então, ele vai ter uma recarga muito mais barata, praticamente de graça.
No município
Com a suspensão das atividades dos carregadores localizados no campus sede na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), não existem mais opções de recarga rápida no município. Os pontos localizados Praça Dr. Astrogildo de Azevedo seguem disponíveis, assim como aqueles localizados nos shoppings Royal Plaza e Praça Nova. Também existem opções pagas que chegam a custar R$ 10 por hora de recarga. De forma online, é possível localizar os pontos disponíveis e conferir os comentários deixados pelos usuários através do site PlugShare. Para acessar, vá até o site, selecione a opção de carregadores e escolha a cidade de Santa Maria.
Quanto custa para recarregar um BYD Dolphin Mini?
O BYD Dolphin Mini possui uma bateria de 38 kWh e uma autonomia média de 300 km e o tempo para carregar a bateria varia de acordo com o tipo de carregador utilizado. No caso da recarga feita por um carregador Wall Box, custa cerca de R$ 45 (preço com impostos) para carregar a bateria por completo.
Grupo Iesa
O Grupo IESA conta com 14 marcas e 56 lojas espalhadas pelo Rio Grande do Sul. Além da BYD, o grupo também trabalha com as marcas BMW, Volvo, Harley Davidson, Ram, Jeep, FIAT, Hyundai, Nissan e Renault.
A unidade localizada em Santa Maria é a primeira concessionária da marca na Região Central. Em 2024, o Grupo vendeu mais de 3,2 mil carros da linha BYD em todo o Estado.