juri caso bernardo

EDITORIAL: Diário e Bernardo Boldrini

da redação

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Durante o julgamento, o túmulo do menino recebeu homenagens e pedidos de justiça

Lembro como se fosse hoje do telefonema apreensivo que recebemos na redação do Diário logo depois do desaparecimento de Bernardo Boldrini, naquele abril de 2014. Do outro lado da linha, com a voz trêmula, falava a madrinha de Bernardo, Clarissa Oliveira, moradora de Santa Maria que encontrou no jornal uma ferramenta de ajuda em uma busca desesperada.

Desde aquela ligação e até agora, nós fomos o instrumento solicitado por Clarissa e no qual confiam, também, nossos leitores. Fomos incansáveis na divulgação das buscas, da investigação, dos desdobramentos, da triste notícia decorrente da pior das confirmações, das prisões dos acusados e da tramitação do processo na Justiça.

Quase cinco anos se passaram, mas o absurdo do que aconteceu com Bernardo ainda mobiliza as pessoas, não só em Três Passos, cidade onde o menino morava, ou em Santa Maria, onde tinha familiares e onde seu corpo foi sepultado, mas no Estado e no Brasil.

A morte do menino foi notícia nacional. Uma brutalidade dessas sempre reverbera. E, no capítulo final dessa tragédia, o Diário não poderia estar em outro lugar que não no Fórum onde Bernardo pediu socorro pouco antes de morrer e onde foram julgados, de segunda a sexta-feira passada, os quatro réus envolvidos no caso: seu pai, Leandro Boldrini, sua madrasta, Graciele Ugulini, uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão, Evandro Wirganovicz. Fomos o único veículo de imprensa da cidade onde fica o túmulo de Bernardo a ir até Três Passos.

O único da Região Central. Desde o primeiro dia do júri, acompanhamos tudo em tempo real e cumprimos o papel que a madrinha do Bernardo esperava de nós e que você, leitor, confia ao nosso time de jornalistas: informamos com profundidade e qualidade.

O editor Naiôn Curcino foi o primeiro de nossa equipe a chegar na cidade para mostrar bastidores e os trâmites do júri. Só foi substituído na quarta-feira à noite, pela repórter Gabriela Perufo que, como ele, esteve atenta a toda a movimentação dentro e fora do salão do júri.

Enquanto a Justiça fazia seu papel, nós não esmorecemos em fazer o nosso. Por Bernardo, por Clarissa e por você, leitor, não medimos esforços para dar conta do que nos move e dá sentido a nossa rotina: o jornalismo. Estar no júri de Bernardo é fazer valer o nosso propósito e reafirmar a quem nos acompanha que estaremos onde estiver a notícia. É o nosso papel.

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