Nesta quarta-feira (27), 57 pacientes permaneciam internados no Pronto-Socorro, cuja capacidade máxima é 29 leitos. Ao Diário, o diretor do Departamento de Regulação Estadual da Secretaria da Saúde (SES), Eduardo Elsade, comentou sobre o assunto:
– A superlotação do HUSM não é exclusiva da região ou do hospital. Em função da pandemia, muitos atendimentos foram postergados e agora, enfrentamos um período de pico pós-Covid e a consequente superlotação dos grandes hospitais e emergências do Estado. O Hospital Regional, por exemplo, foi aberto enquanto unidade hospitalar para atender casos de Covid-19. Agora, o Regional está sendo reestruturado para atender várias especialidades. Mas isso é um processo que precisa de um tempo de maturação. Outros hospitais da região também estão reestruturando e alinhando seus contratos visando à ampliação dos atendimentos.
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Entenda o caso
Desde a manhã de terça-feira (26), são atendidos apenas pacientes oncológicos e pacientes encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Pronto-Socorro do Husm. Em nota, o hospital garantiu que o atendimento a demanda espontânea deve retomado, assim que houver condições técnicas adequadas que garantam a segurança das equipes e dos pacientes.
Um prazo de 48 horas foi estipulado para rever a situação. Além do Pronto-Socorro, o HUSM está com leitos extras na UTI NeoNatal, no Centro Obstétrico e no Centro Cirúrgico/Sala de Recuperação, o que eleva a taxa de ocupação global do hospital para 104. 32%. No comunicado a imprensa, a instituição busca explicar os motivos que levaram a superlotação na unidade de urgência e emergência:
“Contribui para superlotação, o fato de o hospital ter recebido, nos últimos cinco meses, 739 Vagas Zero – internação compulsória de pacientes, determinadas pela Central de Regulação do Estado –, muitas delas desrespeitando, além da capacidade instalada, os critérios de referência e habilitação do hospital. Outro fator que impacta na superlotação é a falta de leitos de retaguarda em hospitais de menor porte para receber os pacientes já atendidos e estabilizados na HUSM. Desde o dia 9 de julho, há pacientes na fila de espera do Gerint (sistema de regulação de internações hospitalares do Estado), com condições de transferência, aguardando a indicação da Secretaria Estadual de Saúde”.
Arianne Lima – [email protected]
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