distanciamento controlado

Clubes se adaptam a novas regras da bandeira e quadras de esportes precisam fechar

Natália Müller Poll

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

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Empresários se movimentam para seguir as regras de comércio e serviços que foram regulamentadas pelo governo estadual, a partir de decreto. As mudanças nas medidas emergenciais da bandeira vermelha no modelo de Distanciamento Controlado foram divulgadas na segunda-feira, quando também foi veiculado o mapa definitivo da 30ª rodada.

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Os clubes foram diretamente afetados pelos novos protocolos do governo do Estado. Com a proibição de uso de áreas em comum, como brinquedos, salão de festas, piscinas e churrasqueiras, os locais, que estavam prestes a reabrir as piscinas para a temporada de verão, precisarão se adaptar.

No Clube Recreativo Dores, segundo o administrador Carlos Londero, algumas atividades seguem sendo oferecidas aos sócios. Na sede central, a piscina térmica segue aberta com o distanciamento de uma raia por pessoa, e a academia opera com 50% da lotação. Já na sede campestre, o sócio pode usar a pista de caminhada, as quadras de tênis, padel e vôlei, podendo permanecer no local apenas enquanto realiza a atividade física. 

- É uma confusão total e um prejuízo gigantesco para os clubes se manterem. As regras mudam a cada dia. A situação é complicada, e sai uma nova norma por dia, com interpretações diferentes. Apesar disso, a gente segue à risca aquilo que as autoridades têm deliberado - destaca Londero. 

No Avenida Tênis Clube, segundo a assessoria de comunicação, os ajustes detalhados do que permanecerá aberto estavam sendo finalizados ontem e devem ser divulgados ainda hoje. 

Outro setor prejudicado com os novos protocolos é o das quadras esportivas. Pelo decreto, já estão vedados os esportes coletivos, com a exceção para os grupos profissionais. 

- Foi uma decisão tomada no final da tarde para começar a cumprir à meia-noite. Já ficamos 7 meses fechados. Abrimos há um mês e a situação está complicada. Em toda a campanha eleitoral, teve aglomeração. E, um dia após o segundo turno, sai uma decisão dessas - relata o proprietário do La Guerrilha, Rodrigo Bernardi.

CINEMAS
As novas regras também impedem atividades de lazer em locais fechados, como nos cinemas. O Arcoplex Cinemas, que fica no Royal Plazza Shopping, está fechado desde ontem, após 24 dias em funcionamento. A empresa diz lamentar essa decisão, já que serviços similares, mesmo que restritos, seguem funcionando.   

- Acreditamos que deveria haver uma flexibilização, já que investimos e implementamos diversas medidas para garantir o distanciamento e a segurança de nossos clientes e colaboradores. Mesmo assim, seguiremos sempre todas as regras - garante Gabriel Silva, do marketing Arcoplex Cinemas. 

A assessoria do Cinépolis, que fica no Shopping Praça Nova, não quis se manifestar sobre o assunto.

CELEBRAÇÕES
Outra mudança importante diz respeito às festas de final de ano, que estarão proibidas de ser organizadas por prefeituras, nem por entidades privadas. Reuniões familiares devem contar com até 10 pessoas, sem contar crianças e adolescentes até 14 anos.

Eventos sociais como casamentos, festas de formatura ou aniversário também estão suspensos. Luciani Ávila Dorneles, proprietária da Stripullia Festas diz não ter cancelado eventos, mas lamenta a suspensão temporária dos serviços.

- É revoltante essa situação, porque seguimos todos os protocolos exigidos. Sem poder fazer eventos fora de casa, as pessoas fazem aglomeração clandestina, sem nenhum cuidado ou medida de prevenção - diz.

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Bares da cidade já estão prontos para operar nos próximos dias dentro das novas medidas. Glaucio Rossi, gerente do 7Night Bar, garante que a empresa irá seguir as regras.

- Seguiremos abertos e vamos operar conforme as orientações do decreto estadual. Sem música ao vivo e com mudança nos horários. Durante a semana abriremos às 18h30min e fecharemos às 22h, e sábado e domingo abriremos às 18h - explica. 

O Zeppelin Bar, que também opera como restaurante, seguirá aberto e respeitando os horários exigidos no decreto. 

- Cancelamos a agenda de música ao vivo e também vamos disponibilizar o cardápio de almoço, para o jantar - diz a proprietária, Milani Rios. 

Em transmissão ao vivo na tarde de ontem, o governador Eduardo Leite (PSDB) explicou que os motivos de suspender a música ao vivo nos bares e restaurantes se deve ao fato de que, com música muito alta, as pessoas precisam falar mais alto para serem ouvidas, o que acarretaria em um maior alcance do vírus.

Sobre os eventos sociais, a prefeitura de Santa Maria diz que "irá solicitar ao Comitê de Dados do Estado a revisão para que seja analisada ou considerada a real necessidade dos 28 dias de intervalo entre o fim da bandeira vermelha e a retomada do setor de eventos, uma vez que a atividade possui protocolos de controle bastante rígidos."

O impacto para os restaurantes de self-service também foi expressivo, visto que além de todos os cuidados exigidos, é necessário que um funcionário esteja disponível para o atendimento no bufê. É como o Restaurante Sharong está funcionando desde ontem.

- No mais, tudo segue com muito cuidado e higiene constante, como sempre foi. Voltamos ao tipo de atendimento que estávamos operando antes - explica a proprietária Aline Rosa do Nascimento.

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