data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Beto Fantinel (Divulgação)/
Depois do anúncio de que a Escola de Sargentos das Armas (ESA) irá para Recife, o deputado Beto Fantinel (MDB) falou sobre o assunto em entrevista à Rádio CDN, no programa Bom Dia, Cidade, na manhã desta sexta-feira. Ele demonstrou insatisfação com decisão. O parlamentar afirma que trabalhou o máximo para atrair a ESA para Santa Maria.
Fantinel afirma que, ao perceber que a decisão oficial seria tomada após o consentimento do presidente, começou a alertar as pessoas e a imprensa de que a vinda da ESA ainda era incerta, pois dependeria de maior interlocução política.
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- Estive no dia 20 de setembro com o general Braga Netto, nosso ministro da Defesa, e o ministro falou que (a decisão) iria passar pelo crivo do presidente. Quando falei, eu fui inclusive criticado por algumas pessoas, pelo prefeito e por outras lideranças. Não vou agora entrar no mérito de quem errou, de quais os equívocos. Mas recomendo a todos nós que façamos políticas para podermos ter mais humildade e podermos nos manter unidos, porque essa foi uma pauta que uniu Santa Maria - destacou o deputado.
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Fantinel ainda comentou sobre como foram os processos internos, e o que ele acredita que contribuiu para a decisão:
- Acompanhei a mobilização tanto do Paraná quanto a mobilização da bancada de deputados de Pernambuco, que fez duas reuniões com o comandante do Exército. Fiz um alerta, porque, em setembro, o general Braga Netto disse para mim que a decisão não seria tomada sem antes ter o conhecimento do presidente da República. Naquele dia comuniquei a imprensa e disse: 'olha, estou um pouco preocupado, senti que terá uma participação política'. E, em algum momento, fui até criticado, porque a todo tempo foi propalado que seria uma decisão técnica.
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Questionado sobre o que deveríamos ter realizado para majorar as possibilidades da ESA vir para Santa Maria, o deputado disse que precisamos ter humildade e união política:
- Faltou humildade no momento em que se tinha indicadores de que a decisão também passaria pelo crivo político e não teve uma movimentação conjunta. Digo isso com muita tranquilidade. [...] a gente precisa saber ouvir, saber agregar. A humildade é construir com várias mãos, com sensibilidade. Santa Maria precisa aprender com esse momento de dificuldade, de perda. Precisamos ter mais sensibilidade, mais humildade para construir coletivamente as decisões e as conquistas que possamos ter no futuro. (Colaborou Fellipe Medeiros)