Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Para que Santa Maria não fique quatro anos consecutivos sem Carnaval de Rua, a Associação Aliança pelo Samba corre contra o tempo para captar recursos e realizar a festa popular. O prazo vai até 29 de dezembro, para garantir a folia em março.
A entidade calcula que a festa custe R$ 648 mil. Há dois anos, o grupo tenta conseguir a arrecadação, mas não consegue toda a verba. Assim como nos outros anos, a prefeitura alega que, em função da situação financeira, não disponibilizará recurso.
- Estamos apoiando a associação, se sair a festa a gente vai ajudar com os nossos meios, com a Guarda Municipal, mobilidade urbana, ajudando na captação, mas não vai haver repasse de dinheiro direto - diz o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez.
A situação preocupa os integrantes da associação, já que a comunidade cobra pela realização do evento. Conforme o presidente da Associação Aliança do Samba, Leonardo Ribeiro, a entidade renovou o contrato com o governo federal, para captar recursos por meio da Lei Rouanet, método de financiamento que pega 4% do imposto de pessoas jurídicas e 6% de pessoas físicas.
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- Como tem que ser lucro real, poucas empresas têm isso, e as que existem na cidade não estão investindo, por isso tentamos buscar fora daqui. O Carnaval não é só para as escolas de samba, é uma cadeia produtiva - ressalta Ribeiro, reforçando que 35 mil pessoas se envolvem na organização do evento.
Na tentativa de ajudar na arrecadação, o presidente diz que apresentou, recentemente, um projeto na Secretaria Estadual de Cultura, para obter recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), que é uma ferramenta de fomento indireto. Ou seja, o Estado oferece benefício fiscal a empresas que patrocinem os projetos culturais. O valor é para investir em estrutura, segurança, entre outros gastos.