sistema 3 as

'Podemos estabelecer alterações profundas ou até medidas mais restritivas' diz Leite sobre novo modelo

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Felipe Dalla Valle (Palácio Piratini)

O novo modelo de monitoramento da pandemia no Rio Grande do Sul dá mais autonomia para os prefeitos e associações de municípios. Os protocolos de atividades não serão mais obrigatoriamente definidos pelo Estado, mas por cada região. Eles podem ser mais rígidos ou mais brandos que a sugestão do Piratini, desde que conte com adesão de 2/3 das prefeituras por região.

Veja os protocolos do novo modelo de restrições do Estado

Em coletiva, depois da apresentação, o governador Eduardo Leite (PSDB) disse que o modelo substitui o Distanciamento Controlado quando este já estava "fragilizado devido a sua alta complexidade". Ele considera, porém, que o sistema 3 As não vai deslegitimar a ciência no controle da pandemia e acredita na responsabilidade dos prefeitos.

- A intervenção do Estado se dá em última instância diante de uma circunstância de tendência grave de aumento de casos e internações, em que a região não demonstre disposição de implementar medidas mais rigorosas. Os prefeitos não podem adotar medidas mais brandas se não houver entendimento com dois terços de prefeituras da região. Isso já é uma trava para impedir medidas mais brandas de forma irresponsável - argumentou.

EDUCAÇÃO
Questionado sobre casos de coronavírus em escolas, Leite disse que o monitoramento é da mesma forma que para outras áreas. 

- Não só nesta área, como em qualquer outra, Estado e municípios podem tomar providências. Assim como fizemos alterações no modelo de Distanciamento Controlado, podemos estabelecer alterações mais profundas ou até medidas mais restritivas. O que trazemos aqui é um sistema para acompanhamento dos dados para termos uma rotina que nos permita segurança de que serão percebidos movimentos de contágio para emitirmos alertas e serem tomadas providências - disse o governador.

Sobre a educação, Leite enfatizou o que argumenta desde o primeiro movimento para liberação das aulas presenciais. Segundo o governador, deve ser observado os prejuízos que sofrem as crianças com o ensino remoto, como alimentação e desenvolvimento.

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REGIÃO
O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) ainda avalia o que será seguido. Ele pretende, ainda, reuniões com representações da AM Centro e Comitê Estratégico de Acompanhamento da Covid de Santa Maria.

- As variáveis do Estado permitem dar um fôlego na economia em algumas atividades que estavam sendo prejudicadas, como eventos e as próprias quadras de futebol. Mas, vamos construir tudo de maneira regionalizada. Vou ligar para o Xirú (prefeito de Formigueiro presidente da AM Centro) para conversarmos e, claro, estudarmos. Tenho que reunir o meu comitê. Esse é um momento de fazer uma análise e entender a importância de uma retomada econômica para algumas atividades.

O presidente da Associação dos Municípios da Região Central do Estado (AM Centro), Jocelvio Gonçalves Cardoso (MDB), define o modelo como "mais brando". Ele acredita que a definição por regras será feita, a partir de agora, por decretos municipais, que podem restringir mais as regras gerais do Estado. Em Formigueiro, onde Cardoso comanda o Executivo, ele não pretende acompanhar a flexibilização do Piratini.

- Eu não vou liberar. Nem aulas. Vamos cobrar a vacinação dos professores, priorizando saúde e educação. Protegemos o comércio e os empregos, mas o lazer fica em segundo plano. Não posso fazer uma regra geral da AM Centro, a realidade de Santa Maria, por exemplo, é diferente de Formigueiro - argumenta.

BOLETIM
Nesta sexta-feira, o Rio Grande do Sul registrou 108 óbitos por Covid-19. São 26.550 no total. Foram confirmados 4.728 novos casos de infecções pelo coronavírus, elevando o total de casos confirmados para 1.026.998.

Entre os óbitos, nove são da região. Santa Maria teve cinco registrados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Rosário do Sul, Santiago e São Sepé tiveram um cada.

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