É tempo de planejar as viagens de férias, e com isso, pensar sobre qual a melhor alternativa para a segurança dos cachorros ou gatos. Entre as opções, estão levar o animal junto, deixá-lo sob os cuidados de um familiar ou de amigo e, até mesmo, hospedá-lo em hóteis especializados em receber bichinhos de estimação.
O que é mito e o que é verdade no comportamento dos gatos
Segundo a médica veterinária, Tacielle Ramos, a decisão depende do tutor, que deve levar em conta a logística do passeio e o bem-estar do bicho.
– É preciso conhecer o temperamento do animal para saber o que vai deixá-lo mais confortável – comenta a veterinária.
LEVAR JUNTO
A veterinária diz que uma das vantagens de levar o animal junto é poder contar com o companheirismo e amizade do bichinho.
– Se o animal é mais tranquilo, é ótimo para ele participar do passeio – comenta a médica.
Alimentação animal: o que pode e o que não pode
Se os cachorros e gatos forem mais agitados, e os donos quiserem levá-los junto, Tacielle sugere a utilização de tranquilizantes naturais, que podem ser indicados por médicos veterinários.
– Os calmantes naturais podem ajudar, mas sedar os bichos com medicamentos é proibido – esclarece Tacielle.
TRANSPORTE
O tutor também deve prestar atenção nas leis de transporte para animais. É obrigatório o uso da caixa transportadora ou de um cinto de segurança especial para levar os bichos. A gerente regional da Cia dos Bichos, Caca Severo, explica que o modelo da caixa de transporte varia conforme o tamanho do animal:
– O ideal é que ele consiga girar e ficar em pé dentro dela.
VÍDEO: conheça Michael, o sétimo galo mascote de borracharia de Santa Maria
Para a viagem ficar mais confortável, Caca diz que existem almofadas do tamanho exato da caixa, que ajudam muito. Além disso, é preciso ter cuidados em relação à alimentação.
– Para animais agitados e que têm enjoos, o ideal é fazer um jejum de 8h antes da viagem – explica Tacielle.
Para os animais que enjoam no trajeto do passeio, o ideal é fazer uso de medicamentos indicados por um profissional.
– Com jejum, é bem mais difícil que eles fiquem enjoados – acrescenta a profissional.
Eles são fofos, dóceis, curiosos e roem tudo o que encontram pela frente
Para evitar transtornos, a veterinária aconselha alimentar os animais com petiscos ou sachês, que são mais leves. A água deve ser oferecida, mas com mais moderação antes da viagem.
DEIXAR DE CASA
Se o tutor optar por deixar o bichinho com um amigo ou familiar, a veterinária explica que o animal deve conhecer o ambiente antes da hospedagem. Já se a alternativa é deixá-lo em casa mesmo, as preocupações devem ser maiores.
– O ambiente precisa estar arejado e com claridade. Além disso, o tutor deve contar com alguém de confiança que faça, no mínimo, três visitas por dia para o animal e providencie a manutenção de água e ração e do ambiente. O animal deve permanecer na rotina, se ele costuma passear, tem que levar – explica Tacielle.
HOTÉIS ESPECIALIZADOS
Em Santa Maria, cresce o número de empresas que trabalham com hospedagem e creche para cachorros e gatos. De acordo com a médica veterinária e proprietária da Sede do Cachorro, Alessandra Baggio, o movimento no hotel aumenta muito entre novembro e março por conta das férias:
– Um espaço assim tem a vantagem de o animal ter companhia e poder conviver com outros cachorros.
15 dicas para ensinar o pet a fazer xixi no lugar certo
A mesma opinião é compartilhada pelo estudante de Medicina Veterinária, Marcelo Ilha, da Consultoria Pet, que presta serviço de hospedagem para cachorros e pet sitter para cães, gatos e outros animais.
– Nós só pedimos que o animal esteja com carteira de vacinação, vermífugo e antipulgas em dia – alerta.