data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo/Diário)
Uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), aprovada na terça-feira à noite, estendeu a permissão para que as instituições de ensino básico e superior, públicas e particulares, mantenham as atividades remotas até dezembro de 2021. No entanto, a decisão deixa a critério de cada rede, escola ou universidade, a adoção da carga horária a ser feita a distância. Além disso, prevê a não reprovação dos alunos em 2020 e a possibilidade de que os anos letivos deste e do próximo ano sejam realizados de forma concomitante. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Ministério da Educação (MEC).
Em Santa Maria, uma decisão da prefeitura permitiu a retomada das atividades presenciais em escolas de Educação Infantil da rede privada. No entanto, com a região classificada com bandeira vermelha, esse retorno ficou indefinido, considerando que a cidade precisa estar em bandeira laranja ou amarela por pelo menos duas semanas para que a retomada possa ser realizada. Já no Estado, a previsão é de que as aulas in loco para os ensinos Médio e Técnico voltem a partir do dia 20 de outubro. Mas, para a região, essa data também depende da atribuição da bandeira laranja.
REPERCUSSÃO
A notícia da aprovação da resolução foi bem recebida entre os representantes de entidades ligadas à educação. Conforma a secretária de Educação de Santa Maria, Lúcia Madruga, a rede municipal já estava trabalhando com a possibilidade de unir os anos letivos de 2020 e 2021.
- Entendemos que com o ensino presencial, associado ao ensino remoto, com a ampliação da conectividade e a inserção gradativa do apoio de tecnologias e recursos educacionais digitais, assim como a possível ampliação de dias e horas letivas, de acordo com as demandas de aprendizagem, conseguiremos enfrentar essa crise com melhores respostas - explica Lúcia.
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Já a Secretaria Estadual de Educação afirmou, por meio de nota, que a previsão é de continuidade do modelo híbrido de ensino para o próximo ano, com a realização tanto de aulas presenciais, quanto remotas.
Para Rafael Torres, representante do segundo núcleo do Cpers/Sindicato, já há um consenso tanto no município quanto no Estado de não reprovar nenhum estudante em 2020. Ele prevê que, se houver uma vacinação em massa da população, o ensino poderá ser híbrido: na série atual do aluno, as aulas serão presenciais. Já a recuperação dos conteúdos ou de reforço poderão ser feitas a distância.
- Temos dois cenários: com vacina e sem vacina. Não se imagina um cenário como nós viviamos até a primeira quinzena de março sem se ter uma vacina. É um cenário que permanece um pouco duvidoso, mas essa resolução já não chega como muita novidade pelo que a gente vem encarando - diz Torres.
O Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS) considera que o texto apresentado é coerente com a nova realidade de alunos e instituições de ensino. Entretanto, devem aguardar a posição do MEC e como ficará o texto final da resolução para emitir algum posicionamento e orientar os associados.
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Segundo a coordenadora do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), Martha Najar, considerando que a resolução não é obrigatória, é preciso que os conselhos municipais normatizem o que está na resolução:
- É uma saída para retomar tudo o que os alunos estão perdendo neste ano letivo. Vai demandar um trabalho sério de pesquisa e de formação dos professores - analisa.