
Foto: Andes (Divulgação)
Em vigor desde abril, a greve dos professores das universidades e institutos federais deve chegar ao fim em breve. No último domingo, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) anunciou a decisão pelo fim da paralisação. Em assembleia, a maioria dos votos foi favorável à proposta de reajuste feita pelo governo federal. A definição alcança a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que há cerca de 60 dias tem docentes que aderiram ao movimento grevista.
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Na assembleia do Andes, do total, 33 votos de instituições filiadas foram a favor do fim da paralisação e 22 contrários. O comunicado formal deve ser feito ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos amanhã para o acordo ser assinado, a partir de então, a estimativa segundo o Sindicato é que a greve encerre por completo até 3 de julho.
– Reunido em Brasília neste fim de semana, o Comando Nacional de Greve informa que, finalizada a sistematização dos resultados deliberados nas assembleias da base nos Estados entre os dias 17 e 21 de junho, a categoria docente definiu pela assinatura do termo de acordo apresentado pelo governo, a ser realizada em 26 de junho, bem como pela saída unificada da greve a partir de tal data, até 3 de julho – informou o Andes por meio de nota.
Santa Maria
Conforme o presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), Ascísio Pereira, em entrevista ao programa Central CDN, da Rádio CDN (93.5 FM), os próximos passos serão a realização de uma assembleia, que deve ocorrer nesta quinta-feira. Nela será decidido o dia de retorno às atividades, que em reunião do Comando Local de Greve (CLG), foi indicada a data de 1º de julho.
Ao ser questionado sobre o calendário para recuperação dos dias paralisados, Pereira explicou que a Reitoria da instituição fez duas propostas e que o comando local optou em levar para votação na Assembleia a segunda proposta. Conforme ele, porém, uma possível reunião junto à Reitoria deve ocorrer hoje para alinhar mais detalhes, talvez incluindo a participação dos alunos através da representação via Diretório Central dos Estudantes (DCE).
– Possivelmente, pela segunda proposta de calendário, a gente começa a recuperar já a partir da semana que vem. O calendário vai ser refeito, e a gente vai recuperar a partir do dia 25 de abril, que foi a data oficial que começou a greve na UFSM – complementa Pereira.
Caso não tivesse a greve, o semestre encerraria em 17 de julho. Desse modo, o segundo semestre também deve atrasar e iniciar apenas na segunda quinzena de setembro.
A proposta apresentada pelo governo – acatada pelo Comando Nacional de Greve – foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias. Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Técnicos
Em relação a greve dos técnico-administrativos da UFSM, que já dura mais de cem dias, a integrante da diretoria da Associação dos Servidores da Universidade Federal de Santa Maria (Assufsm), Alessandra Bastos disse que se mantém a decisão da última assembleia realizada na semana passada, em que a proposta do governo foi rejeitada por 173 votos contrários e 159 a favor.
Segundo ela, até nova orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) a greve está mantida. Uma nova assembleia da Assufsm vai ser realizada nesta terça-feira (25).
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