data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel/RS) realizou uma pesquisa, na semana passada, para avaliar os impactos da pandemia nas empresas do setor gaúcho. O levantamento aponta que 33,1% dos associados podem fechar em definitivo nos próximos 60 dias.
Em Santa Maria, a estimativa é semelhante. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS) de Santa Maria, João Carlos Provensi, até 30% das empresas de alimentação ou de hospedagem devem fechas as portas nos próximos dois meses.
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A partir de conversas com colegas empresários, Provensi percebe que as dificuldades econômicas, provocadas pelas medidas de combate à Covid-19 impostas pelos decretos do poder público, servem de "último empurrãozinho" para aqueles que já pensavam em se aposentar ou trocar de ramo.
- Quem tem estabelecimentos em shoppings está sofrendo mais, porque o público diminuiu muito - comenta.
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A movimentação nos restaurantes, segundo ele, é equivalente a 30% do que era antes da pandemia e, até o momento, não chegou a se aproximar da lotação máxima permitida, ou seja, a metade da capacidade do espaço. Ao todo, o município tem 1.015 empresas dos setores de hotéis, restaurantes, lancherias, bares, boates e churrascarias registradas na prefeitura.
- O pessoal tem buscado se reinventar, apostar no delivery (tele-entrega) e criar, nos seus estabelecimentos, um ambiente mais seguro para a saúde. Alguns usam o dinheiro guardado para se sustentar. Outros buscam empréstimos para pagar as contas - explica Provensi, que atua com restaurante desde 1994.
O presidente do sindicato estima que 500 trabalhadores do setor foram demitidos desde março na cidade.
CENÁRIO INDIGESTO
Os dados da pesquisa da Abrasel/RS, aplicado em 8 de julho, sobre a situação dos restaurantes no Estado:
- Dos estabelecimentos pesquisados, 69,4% funcionam com delivery e 54,8% também com pegue e leve
- 31% dos empresários avaliam como real a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho com empregado
- 79,4% buscaram algum tipo de linha de crédito. Destes, 81,3% não conseguiram o crédito ou todo o valor que necessitavam
- 36,6% passaram a comprar entre 51% e 75% menos insumos se comparado ao período anterior aos decretos
- 30 mil empregos do setor no Rio Grande do Sul já foram demitidos e nos próximos meses, se não ocorrer alteração na situação atual, mais 19,5 mil podem perder o emprego
Fonte: Abrasel/RS
*Colaborou Rafael Favero