data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Em busca de inovação, 12 projetos foram assinados este ano com a universidade, informa Hélio Leães Hey (à dir.), da Aggitec
No primeiro semestre de 2020, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) assinou 12 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, os chamados P&D, com empresas públicas e privadas. Somados os contratos, são cerca de R$ 13 milhões arrecadados pela instituição. Os projetos são vinculados à Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) e aos centros de ensino. A maioria diz respeito a negócios na área de energia.
O diretor da Aggitec, Hélio Leães Hey, conta que as empresas procuram a UFSM para utilizar a mão de obra de pesquisadores e alunos e a estrutura disponível para desenvolver tecnologias ou otimizar produtos e processos. O valor de cada contrato é estipulado depois de um estudo sobre o que será necessário para a execução do trabalho.
No levantamento, leva-se em consideração aspectos como o tempo de dedicação dos profissionais e equipamentos. Os recursos obtidos com cada contrato são usados para o custeio da pesquisa, a exemplo do pagamento de bolsas e compra de insumos. Além disso, 10% do valor fica com a fundação que cuida das verbas - na maioria dos casos, a Fatec - e de retribuição à estrutura da UFSM.
ACIMA DA MÉDIA
A média anual de arrecadação da agência é de R$ 10 milhões. Ou seja, os contratos assinados nos primeiros meses de 2020 significam aumento de mais de 30% em relação aos outros anos. E o crescimento deve ser ainda maior. A projeção de diretor é fechar R$ 20 milhões em contratos neste ano.
Para Hey, o aumento da procura pela Agittec tem, entre os fatores, a busca pela inovação para sobrever à crise.
- Nada mais sensato que você pensar em geração de inovação, agregar conhecimento pesado e novos produtos. Esse conhecimento está dentro da universidade e é transformador - diz.
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"EMPRESA E UNIVERSIDADE PRECISAM SER CONTEMPLADAS", GARANTE DIRETOR
Criada em 2015, a Agittec serve para conectar a ciência produzida na UFSM com o lado de fora do campus. Desta forma, é possível aproximar os alunos da realidade do mercado.
- A empresa nos procura, apresenta a demanda e nós vamos prospectar, dentro da UFSM, qual expertise temos para associar a demanda específica ao conhecimento produzido aqui - explica Hélio Leães Hey.
Conforme o diretor, no primeiro semestre, os projetos estão relacionados ao setor de energia e envolvem o Centro de Tecnologia (CT). A projeção para o segundo semestre é assinar contratos também nas áreas da agricultura de precisão e de produção de insumos biológicos, as mais demandadas na agência.
BENEFÍCIOS
Para uma proposta ser aprovada, diversos setores da UFSM precisam dar o aval. Os dois lados, público e privado, precisam se beneficiar. A Agittec serve como intermediadora.
- Tem que ser uma relação "ganha-ganha", ou seja, a empresa tem de ser contemplada, mas a universidade também - complementa o diretor.
Atualmente, a Legrand, empresa de eletroeletrônica de São Paulo, desenvolve projeto sobre a eficiência de "nobreaks" (fonte de energia usada em equipamentos eletrônicos) junto à UFSM. Mesmo com a marca inserida em um Estado com grandes universidades públicas, o especialista em P&D da empresa, Alexandre Andrade Pereira, diz que a instituição santa-mariense foi escolhida como parceira devido à alta capacidade técnica.
- A UFSM tem uma equipe de alunos de graduação e pós-graduação que se renova a cada ano. Os professores têm uma excelente capacidade para condução dos trabalhos - elogia.
A Legrand pretende otimizar o modelo de um "nobreak" capaz de produzir mais energia com menos matéria prima e não prejudique o meio-ambiente.
EMPRESAS PARCEIRAS
- Bioesans Produtos Biotecnológicos S.A
- CPFL Energia
- westart
- Hi-mix
- Prémil
- Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
- Legrand
- Companhia Paranaense de Energia (Copel)
- Companhia Estadual de Energia Elétrica e Distribuição (CEEE-D) (financia 4 projetos)
- Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás)
- Mux Energia
- Fox IoT
*Alguns contratos envolvem mais de uma empresa
*Colaborou Rafael Favero