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PESQUISA: em um mês, quilo da carne de gado está até 16,5% mais caro

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Dos sete cortes pesquisados na segunda pelo Diário, a costela teve o maior aumento: 16,5%

O preço da carne de gado está mais caro em Santa Maria em relação a dezembro de 2019. Na manhã de segunda-feira, a reportagem do Diário pesquisou os valores do quilo em cinco supermercados e três casas de carne. Os estabelecimentos sãos os mesmos consultados em 2 de dezembro e, em relação ao mês passado, apenas o quilo do coxão mole ficou mais barato, com queda de 5,4%.  

Na segunda, a Casa de Carnes Liberdade não atendeu às ligações e ficou fora da pesquisa. Nos demais oito estabelecimentos, as médias de preços dos sete cortes consultados subiram até 16,5% em relação a dezembro. O maior aumento foi no quilo da costela (janela), que custava R$ 22,31 em média, em 2 de dezembro, e ontem estava em R$ 26.

O menor reajuste foi no quilo da picanha, que subiu 0,7%, em média (veja no quadro abaixo). O preço mais caro encontrado ontem foi do filé mignon. A carne nobre era vendida a R$ 69,90. Já o quilo mais barato foi de agulha com osso, a R$ 11,90.

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A pesquisa foi realizada na manhã de segunda, presencialmente, das 9h às 10h30min, e por telefone das 10h45min ao meio-dia. Os preços praticados nos estabelecimentos na terça-feira podem ser diferentes.

Enquanto a queda nos preços não é percebida na balança, os consumidores buscam alternativas para substituir um dos principais itens da mesa dos brasileiros. A professora aposentada Iolanda Bordin, 62 anos, diz que passou a consumir mais ovos e outros tipos de carne, como frango, e até embutidos, como salsichão. Ela avalia que, pelo equilíbrio financeiro, é preciso "menos churrascos e mais substituição":

- Subiu bastante e a gente precisou fazer umas mudanças para garantir as finanças até o final do mês - conta Iolanda. data-filename="retriever" style="width: 100%;">

PROJEÇÃO
O aumento dos preços da carne de gado foi incentivado pelas exportações para a China. Para os próximos meses, a previsão é de queda. Ao menos é o que prevê o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo a pasta, a cotação do boi gordo diminuiu no final de dezembro. A queda média é de 15%, e isso gera a expectativa de queda no preço da carne ainda em janeiro ao consumidor final.  

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Segundo projeções do Mapa, a arroba vai ficar entre R$ 180 e R$ 200 nos próximos meses, dependendo da praça. A queda do valor interrompe a alta de 28,5% que salgou o preço da carne nos últimos seis meses. A perspectiva, porém, é de que o alimento não volte ao patamar inferior. 

- Estamos fazendo a leitura de que isso veio para ficar, um outro patamar do preço da carne - avalia o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Sílvio Farnese. 

Ele ressalta que os valores devem ser mais altos do que há um ano. Isso porque o mercado internacional tem tendência a comprar mais carne brasileira, o que aumentos custos dos produtores. Além disso, com mais carne indo para outros países, o preço interno tende a subir devido à falta do produto.  

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