Fotos: Natália Venturini (Diário)
Na Rua Casemiro de Abreu, moradores colocaram um boneco de Papai Noel em um buraco para chamar a atenção do poder público
Lixo, abandono e um ponto de usuários de droga figuram entre as as preocupações de quem vive na Vila Jane, no Bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Para uma moradora que está no bairro há 43 anos e que não quis se identificar, a pior delas é a buraqueira. Segundo ela, na Rua Casemiro de Abreu, os paralelepípedos estão se soltando e novos buracos estão surgindo. Entre eles, um que os moradores sinalizaram com um boneco de Papai Noel para protestar e chamar a atenção do poder público. A vizinhança sofre ao andar na rua cheia de desníveis.
Sobram problemas e falta manutenção no Bairro São José
- É lamentável todos esses buracos. O sentimento é de abandono. Já reclamamos várias vezes, mas nada foi feito até o momento - diz a moradora Lucila Krummenauer Gündel, que está na Vila Jane há 30 anos.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a buraqueira nas ruas do bairro
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos diz que não tem mão de obra qualificada para fazer reparos em paralelepípedos. A pasta estuda a possibilidade de incluir esse tipo de serviço com profissionais terceirizados pelo programa Finisa.
A buraqueira das ruas da Vila Jane sai cara para quem acaba gastando com consertos no carro
Outra rua com problemas de acessibilidade é a João Guilherme Redemacher. A vizinhança conta que precisa fazer constantes manutenções nos veículos. O valor acaba pesando no orçamento doméstico. Para Lucila, esse descaso reflete a omissão da administração pública:
Buracos e insegurança preocupam moradores do Bairro Camobi
- Eles (políticos) só aparecem em época de eleição. Depois, nem sequer aparecem no bairro para mudanças.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o sentimento de abandono do poder público
Conforme a Assessoria de Comunicação da prefeitura, já existem recursos aprovados com financiamento da Finisa. A administração estuda contemplar a região com a recuperação da trafegabilidade das ruas mais críticas.
Imóvel onde funcionava um CTG está com vidros quebrados. No entorno, há mato alto e lixo
Outra reclamação dos moradores é em relação ao prédio onde antes funcionava um Centro de Tradições Gaúchas (CTG). O imóvel está há dois anos abandonado. No entorno, há vegetação alta e lixo. O teto está quebrado, bem como alguns vidros.
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- Os donos do terreno até apareceram para limpeza tempos atrás, mas ficamos inseguros com as laterais abertas. Não sabemos o que pode acontecer - conta outra moradora que não quis se identificar.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a vegetação alta e o abandono do CTG
A Superintendência de Fiscalização diz que fará uma vistoria no local e, constatado que o terreno está sujo, será expedida uma notificação para o proprietário, determinando a limpeza do terreno, no prazo de 30 dias.
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Ainda com insegurança, a vizinhança comenta que há um ponto de usuários de drogas em um terreno, nos cruzamentos das ruas Raul Soveral e João Guilherme Redemacher.
- Não tem horário para os usuários estarem aqui. Temos medo de colocar o pé para fora de casa e acontecer algo conosco - lamenta um homem que passa pela frequência pelo local e que pediu para não ser identificado.
O QUE DIZ A BRIGADA MILITAR
O Diário entrou em contato com o órgão de segurança pública, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Sobre a o ponto de usuários de droga
A Superintendência da Guarda Municipal diz que a segurança pública é de responsabilidade da Brigada Militar. No entanto, vai incluir o local no cronograma de rondas, na tentativa de aumentar a sensação de segurança dos moradores.
Colaborou Natália Venturini
