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Buracos e falta de abrigos de ônibus atrapalham moradores do Bairro Nossa Senhora Medianeira

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Os moradores da Vila Medianeira, no Bairro Nossa Senhora Medianeira, região central da cidade, reclamam da precariedade na saúde. A vizinhança lamenta a demora nos atendimentos.

- Quando chegamos ao posto para agendar a consulta, quase nunca tem fichas. Elas esgotam muito rápido. Temos que esperar para a outra semana. Precisamos correr para as emergências da cidade, que estão sempre lotadas também - diz a aposentada Adelina Stock, 69 anos, que mora há 50 anos no bairro.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a demora e precariedade dos agendamentos de consulta no posto de saúde
De acordo com a Secretaria de Saúde, o município está buscando a ampliação de algumas Unidades de Saúde por meio de emendas parlamentares. Com relação à Unidade Dom Antônio Reis, a prefeitura informa que o agendamento para clínico-geral é feito nas quintas e sextas-feiras, sendo distribuídas 120 fichas por semana. Para a especialidade de gineco/obstetra, são 50 fichas, com agendamento na quarta-feira. Também na quarta-feira, é feito o agendamento para pediatra, com 24 fichas. A Secretaria de Saúde diz que a Unidade Dom Antônio Reis é bem assistida com profissionais médicos, possuindo médico gineco/obstetra em cinco turnos na semana e pediatra em dois turnos. Segundo a pasta, essa realidade não é encontrada em muitas outras unidades.

Ela também alega que a estrutura e o atendimento do posto estão muito precários. Outra moradora, que está no bairro há 60 anos e não quis se identificar, diz que, quando precisa de remédios, tem de se deslocar até o Centro para conseguir.

- É ruim. Tenho problemas de locomoção. Quando não consigo ir de transporte coletivo tenho que pagar um táxi - lamenta ela.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de farmácia popular no bairro
A prefeitura diz que o programa Farmácia Popular funciona por meio da modalidade "Aqui Tem Farmácia Popular". Ele é realizado em parceria com farmácias particulares e drogarias comerciais. Ou seja, a "Farmácia Popular" não é competência do município - ela é um "convênio" das farmácias particulares. No entanto, a população pode contar, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com as "Farmácias Municipais". Em Santa Maria, são três: a Central (na Rua André Marques, no Centro); a Distrital Leste (em Camobi); e a Distrital Oeste (na Tancredo Neves). A Farmácia Central está localizada na Região Central, sendo a referência para os moradores do Bairro Medianeira. Ela está localizada na Rua André Marques, 760, Edifício Montello. Ela funciona das 7h30min às 15h, de segunda a sexta-feira, para atendimento ao público; e das 7h30min ao meio-dia, também de segunda a sexta-feira, para retirada de negativas e insumos farmacêuticos. 

Outra reclamação da mesma moradora é em relação ao poste de iluminação, próximo à casa dela:

- Desde o último temporal forte, ano passado, em outubro, o poste balança com qualquer vento. O medo dos moradores da rua é que ele caia a qualquer momento e machuque ou destrua a casa de alguém.

Adelina também conta que quando as lâmpadas queimam, mesmo com as reclamações, a manutenção demora a acontecer.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o conserto das lâmpadas queimadas
Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, a manutenção do parque de iluminação pública da Vila Medianeira é realizado dentro do prazo contratual, não havendo nenhum protocolo em aberto para atendimento junto à pasta. A Secretaria reitera a necessidade de o jornal enviar o número do protocolo do contribuinte para averiguação do problema. Os moradores do local dizem estar cansados da buraqueira nas ruas e das diversas obras feitas pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) no asfalto. 

- Faz mais de um ano que não tem manutenção nas ruas da Vila Medianeira. Sentimo-nos abandonados. Quando chove forte, também volta todo o esgoto da rua para dentro do pátio da minha casa. Nós já fomos pedir providências para a Corsan, mas, até o momento, ninguém arrumou nada - diz uma moradora que está no bairro há 30 anos, mas não quis que seu nome fosse divulgado.
O QUE DIZ A CORSAN Sobre o esgoto e o asfalto
A Corsan informou ao Diário que enviaria uma equipe ao local. Entretanto, até o fechamento desta edição, a Corsan não retornou o e-mail enviado pelo Diário.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os buracos nas ruas da Vila Medianeira
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as vias já foram vistoriadas e estão relacionadas, juntamente com as demais do Bairro Medianeira, para receberem os serviços de restabelecimento da trafegabilidade. Segundo a pasta, o serviço é executado dentro de um cronograma de trabalho por bairros, de acordo com as condições técnicas e climáticas.

Naquela região, utilizar transporte coletivo não tem sido fácil. Conforme a vizinhança, o ônibus tem horários bem espaçados. Os pontos de ônibus contam somente com as placas indicativas. Em dias de chuva e sol forte, os moradores não têm onde se abrigar.

- O transporte passa na Rua Mario Salvador. Como outros motoristas estacionam dos dois lados, temos que esperar na rua. Em horário de pico, é perigoso - conta uma moradora.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o transporte coletivo
Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana, os horários de ônibus da região são os mesmos há alguns anos. Neste período do ano, há uma diminuição da frequência em função do período de férias. Quanto aos abrigos de ônibus, a Secretaria de Mobilidade Urbana faz a instalação de abrigos, conforme a sua capacidade, nos locais com grande fluxo de usuários. A Secretaria ressalta que os contribuintes podem enviar solicitações à pasta.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o estacionamento na Rua Mario Salvador
A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que será feita uma avaliação técnica no local para verificar a situação e, sendo necessário, será feita a revitalização da sinalização com a devida adequação. 

A comunidade pede ainda segurança e mais atenção no início da manhã e no final da tarde, pois o Presídio Regional de Santa Maria (PRSM) é ao lado da Vila Medianeira.

- Nunca aconteceu nada. Mas temos medo de um tiroteio. Às vezes, até preciso ir ao mercado no final da tarde, mas quando vejo o horário, já não saio. Todo o cuidado é pouco - recomenda Adelina.
O QUE DIZ A BRIGADA MILITAR Sobre a sensação de insegurança próxima ao Presídio Regional
Até o fechamento desta edição, a Brigada Militar não retornou o e-mail enviado pelo Diário.

Colaborou Natália Venturini

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