Cada vez mais, os animais de estimação são tratados como membros da família e, por isso, o hábito de levar o mascote para a cama na hora de dormir não é incomum. Para algumas pessoas, pode soar estranho, mas esse comportamento tem se tornado mais frequente do que se imagina. Mas será que esse costume é, de alguma forma, prejudicial aos donos dos pets?
Quando se trata de dividir a cama com os animais, a transmissão de doenças é o ponto de maior discussão. No entanto, como ressalta a médica veterinária Anne Amaral, diretora do Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), não há problemas em dividir lençóis, travesseiros e o colchão com o bichinho, desde que certos cuidados sejam tomados antes de permitir que o animal se deite junto com seu tutor.
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– Desde que seja um animal que não tenha parasitas, não existe um inconveniente óbvio, a não ser a questão de limpeza e higiene. O bom é que os pets não andem por cima das cobertas. Para quem tem alergias, pode evitar o contato muito próximo. Não existe impedimento de manter o bichinho perto mas, por questões de limites, pode-se colocar as caminhas deles no quarto e evitar que permaneçam em cima da cama, por exemplo – recomenda a veterinária.
Existem até cães que acompanham pessoas com ansiedade generalizada e síndrome do pânico, para acalmá-las. Esses animais ajudam seus donos a conseguir sair de casa, deixando-os mais tranquilos e relaxados. O mesmo acontece quando dormimos com nosso mascote. O sono tende a ficar mais tranquilo e profundo.
Você tem exercitado a convivência com a sua família?
Segundo Anne, vários experimentos na área já comprovaram a redução da pressão arterial ao acariciar e manter o animalzinho na presença constante durante a noite. É que a proximidade com os animais proporciona a sensação de bem-estar devido à liberação de um hormônio chamado endorfina.
Questão de segurança

A estudante Caroline Viviane Brun Peres, 21 anos, convive com a companhia das cachorrinhas Paçoca e Dulce há cerca de um ano. Desde então, as duas dormem junto com a dona. Os problemas de insônia que Caroline tinha antes de adotá-las praticamente sumiu com a presença das mascotes na cama.
– Nem eu nem as cadelas tivemos problemas em dormirmos juntas. Além de eu achar que fortalece o nosso laço, eu me sinto mais segura, mais feliz e tranquila quando minhas bebês estão perto de mim. Elas são minhas companheiras e quando, ocasionalmente, preciso dormir sem elas, sinto muita falta e durmo mal. Antes da Paçoca, eu tomava remédio pra dormir. Agora, sempre tenho boas noites de sono – afirma.
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Para manter o ambiente limpo, a estudante conta que troca as roupas de cama frequentemente, evita consumir alimentos na cama e mantém a higiene e saúde das cachorras sempre em"