Lenço de quadril, roupas coloridas e muito brilho. Aliado a isso, uma maquiagem que realça ainda mais o figurino de quem encontrou na dança do ventre um estilo de vida. E, quem pensa que esse ritmo escolhe perfil, está muito enganado. Independentemente de gênero, peso, idade ou outros requisitos, para se entregar ao ritmo, você só precisa, literalmente, dançar conforme a música.
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Segundo a educadora física Rosane Souza, do Estúdio de Pilates Mahayla, a dança do ventre é a segunda modalidade folclórica mais difundida no mundo.
– Ela teve origem no Egito e foi levada pelos árabes a outros países. Era para ser uma dança sacra, mas ficou conhecida como profana. Hoje em dia, com a dança do ventre, muitas mulheres passam a se valorizar acima dos padrões de beleza impostos pela sociedade– relata Rosane, também especialista em dança.
Entre os benefícios da modalidade, a professora cita o fortalecimento dos músculos das pernas e dos glúteos, a modelação da cintura, o alívio de cólicas menstruais e o alongamento do psoas, músculo da parte interna da coxa.
Rosane aconselha que, antes de começar qualquer atividade física, os interessados passem por uma avaliação médica.
Ioga é mais do que fazer poses e alongar o corpo
A professora do Al Rani Espaço de Dança, Clarice Irizaga, faz dança do ventre desde 2003. Começou para curar uma depressão e nunca mais parou. Hoje, ela divide sua arte com dezenas de alunas e explica que a atividade agrega caráter lúdico e curativo.
– Quando dançamos, descobrimos diferentes capacidades do nosso corpo. A dança do ventre não exige técnicas anteriores e respeita os limites de cada um – diz.
Para a contadora Lucélia Chimainski, esse ritmo representa cura e recomeço. Ela engordou 60 quilos em menos de cinco anos e isso afetou a sua autoestima.
–Para não engordar mais, comecei a fazer taekwondo. Como queria fazer outra atividade física, procurei aulas de dança do ventre. Quando conheci o Espaço Al Rani, fui bem recebida, mas confesso que demorei um pouco a perder a insegurança. Logo nas primeiras aulas, comecei a me ver como uma mulher bonita e realizada - comemora a contadora, grávida de dois meses.
Joan Felipe Michel é o aluno mais novo da Al Rani. Aos 15 anos de idade, o estudante encontrou na dança do ventre coragem para assumir sua opção sexual e apoio para superar uma perda na família. Hoje, com 18 anos, ele diz que vê nessa modalidade, um estilo que abraça todos os ritmos da dança. Melhorar a função cardiorrespiratória e a coordenação motora são apenas alguns dos benefícios dessa atividade apontados pela fisioterapeuta Luana Von Grafen Souza.
– Como os movimentos não têm impacto articular todo mundo pode fazer, desde que respeite o próprio ritmo. Com o tempo, o bailarino perceberá o fortalecimento muscular de todo o corpo, devido à dissociação da cintura pélvica, que abrange o quadril, e da cintura escapular, que abrange os ombros – explica a fisioterapeuta Luana que pratica a modalidade há três anos.
A designer Carla Vieira sempre achou a dança do ventre linda, mas não tinha coragem de aprender. Assim que experimentou os movimentos, há quatro anos, ficou apaixonada.
– Descobrimos que temos uma parte do corpo mais sensual ou mais bonita do que outra. A dança do ventre nos ajuda a descobrir nossa sensualidade – revela.
A psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde Kátia Lazzarin recomenda a dança do ventre para mulheres de todas as idades. Ela, que é adepta também da dança de salão, conta que, frequentemente, recebe em seu consultório mulheres deprimidas por vários fatores, entre eles, o descontentamento com o corpo.
– Sempre gostei de dançar, mas era um pouco travada. Quando comecei a fazer dança do ventre com a professora Clarice, consegui desprender-me para diferentes movimentos, inclusive mais sensuais. Até o meu jeito de andar mudou – diz Kátia.
Para a professora Clarice, cada aluna é uma joia a ser lapidada. Ela conta que, ao final de cada aula, percebe pequenas mudanças nas alunas.
– Essas transformações são de dentro para fora. A dança do ventre é um convite a melhorar a autoestima, aliviar o estresse e estimular a descoberta de qualidades internas ainda não exploradas –diz.
Seja para se exercitar, aliviar o estresse ou vencer a timidez, dançar é tudo de bom. O importante é não ficar parado.
BENEFÍCIOS
– 1 – Fortalecimento dos músculos das pernas e dos glúteos
– 2 – Modelação da cintura
–3 – Alongamento do músculo interno da coxa
–4 – Aumento da função cardiorrespiratória
–5 – Melhora da autoestima
– 6 – Alivio do estresse
–7 – Desenvolvimento da coordenação motora
Fontes: Clarice Irizaga,Rosane Souza e Luana Von Grafen Souza
Preços das aulas
– Uma vez por semana – R$ 60
– Duas vezes por semana – Entre R$ 80 a R$ 90
Os valores acima foram obtidos no Espaço de Dança Al Rani (055) 98434-8556 e no Estúdio de Pilates Mahyala 3028-1331.