reportagem especial

Estreia da Divisão de Acesso tem rivalidade, clássico e peleia entre Inter-SM e São Gabriel

18.302

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A distância de cerca de 150 quilômetros entre Santa Maria e São Gabriel estará reduzida à emoção dentro das quatro linhas no dia 1º de março. A data marca o primeiro jogo da Divisão de Acesso com uma estreia inédita: Inter-SM e São Gabriel, os únicos representantes da região a disputarem a Série B do Gauchão. 

Técnicos prometem um grande clássico regional

Os alvirrubros ainda não engoliram a derrota de 1 x 0 na Baixada, durante a quarta rodada da primeira fase da Divisão de Acesso, no dia 28 de fevereiro do ano passado. Já o Tricolor Gabrielense quer se superar e repetir a façanha de uma vitória fora de casa.

Da rivalidade regional aos esforços imensuráveis tão característicos dos clubes longe da Capital, ambos têm um objetivo em comum: uma vaga na Elite do Futebol Gaúcho.

ASSISTA AO VÍDEO


E, ao que depender da torcida, não há distintivo de peso ou coleção de títulos alheia que se compare à história peculiar ou que minimize a paixão pelos clubes do Interior. Paixão essa que tira torcedor de casa para pintar as arquibancadas do estádio em pleno final de semana, como fez Gustavo Firpo, 25 anos, um fanático pelo São Gabriel. Devoção semelhante também tem Eduardo Bortolotti, 25 anos, que coleciona 62 camisetas do Inter-SM e dedica uma pesquisa acadêmica ao clube.

Confira o guia completo da Divisão de Acesso de 2020

Nessa reportagem, mergulhamos nos bastidores do jogo de estreia da Divisão de Acesso. Conhecemos Felipe e Eduardo, ouvimos dirigentes e demos detalhes da equipe técnica. Subimos arquibancadas do Presidente Vargas e do Sílvio de Faria Corrêa. Aproximamos como nunca o Coração do Rio Grande à Terra dos Marechais. A região está bem representada. Que vença o melhor! 

O ALVIRRUBRO QUE FAZ PULSAR O CORAÇÃO DO RIO GRANDE

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Do centro do Estado emergiu um time que surgiu fazendo história e que ganhou respeito das demais agremiações do futebol em todos os cantos do Rio Grande do Sul. Embora o nome Inter-SM faça jus à ligação com Santa Maria, o Alvirrubro também ganhou carinhosamente outros apelidos. É comum ouvir em rodas de conversa do Calçadão, bem como em outros municípios à menção ao "Coloradinho" ou ao "Interzinho", ainda que a alcunha incomode a inevitável comparação ao Sport Club Internacional de Porto Alegre.

Todos os caminhos levam ao Presidente Vargas

- Recordo que de 1980 a 1987, o Inter teve um destaque muito grande. Foi campeão do Interior ficando na frente do Grêmio. Aí, partimos para Taça de Prata e, depois, Taça de Ouro, que hoje corresponde a Série A do futebol brasileiro. Levamos o nome de Santa Maria para o Brasil inteiro: Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Ceará. Eu tive a alegria e a honra de ser presidente mais de uma vez, o que marcou minha vida e a história da cidade - diz o ex- presidente do clube Luiz Cláudio Mello.

Na mesma época, devido ao bom desempenho em âmbito nacional, o nome e a logo do Inter-SM estampavam a Loteria Esportiva junto de outros grandes clubes. Conforme Mello, isso repercutiu não só no futebol, quanto no comércio, na rede hoteleira e na economia da cidade.

A trajetória do Inter-SM, que já doma 92 anos, também é marcada pela competitividade com o arquirrival Riograndense Futebol Clube. A rivalidade alimentou o fortalecimento do clube ao longo das décadas. Outro fato peculiar é no quesito representatividade. Nos idos de 1982, o tradicional Inter-SM convidou algumas atletas para que formassem um time feminino, o qual, veio a se consagrar no ano seguinte, campeão feminino do Interior. Mais incomum ainda a formação da torcida Maré Vermelha, na década de 1980, que reunia cerca de 100 LGBTs, sendo pioneira no interior do Estado. Em anos de atividade, ultrapassou a permanência da Coligay, torcida do Grêmio de Porto Alegre, integrada exclusivamente por homossexuais, criada em 1977 e extinta em 1983.

Inter-SM tem escalação encaminhada para a estreia na Divisão de Acesso

O Inter-SM é pluralidade e coletividade e, é a partir dessa perspectiva, que o histórico ex-dirigente alvirrubro espera ter o apoio da torcida no jogo de domingo.

- O clássico Inter-SM e São Gabriel é muito importante para região. Mas todos sabem da tensão das estreias. Não vai ser fácil, mas creio no resultado positivo. Temos que acreditar, ir lá e apoiar nosso clube. Convoco não só a torcida do Inter-SM, mas de toda Santa Maria comparecendo nesse jogo - pede Luiz Cláudio Mello.

HISTÓRIA DE DAR ORGULHO

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

São recentes os laços afetivos que Eduardo Bortolotti, 25 anos, criou com o Inter-SM. Embora a família tenha proporcionado assistir aos jogos do clube desde pequeno. Mas foi a partir de 2017 que ele despertou uma paixão, segundo ele, incurável. Estudante do curso de História, Bortolotti enxergou nos capítulos do atual Clube do Coração -uma riqueza ímpar em memória material e imaterial. Em dois anos, o jovem já acumula uma coleção de 62 camisetas, fora agasalhos, bonés e outros itens personalizados. Ele é capaz de contar cada detalhe referente ao ano e as características do uniforme:

- Possuo um pequeno acervo de itens relacionados ao clube, já trabalhei com documentações antigas e, neste ano, escreverei meu Trabalho Final de Graduação sobre um fato esquecido, porém importante: a Torcida Organizada Maré Vermelha, a primeira LGBT do interior do Estado, que fazia a festa nas arquibancadas da Baixada Melancólica.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

No ano passado, o estudante que venceu até um concurso e, hoje, vê seu próprio nome estampado na camiseta do clube.

ASSISTA AO VÍDEO:


É que por meio de uma campanha, o clube pedia que os torcedores auxiliassem na elaboração do uniforme para a temporada de 2020. O Departamento de Marketing pré-selecionou os 10 melhores modelos, com posterior votação no site. O de Bortolotti foi o melhor. Dos bancos acadêmicos ou da arquibancada do Presidente Vargas, o jovem mantém uma relação simbiótica das duas paixões: História e Inter-SM.

 - Torcer para um clube de Interior é saber sofrer. É saber que o caminho é triplamente mais difícil comparado com os grandes clubes que possuem fundos financeiros milionários. Mas creio que são nestas dificuldades que os verdadeiros torcedores se fazem notar. É neles que habita a essência popular do futebol. Torcer é isto: se fazer presente e contribuir para que a história não caia no esquecimento. É permitir que as gerações vindouras possam ter a incrível experiência de torcer para o Internacional de Santa Maria - define.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

COMUNIDADE QUE ABRAÇA O GABRIELENSE

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Impossível dissociar o futebol profissional da Terra dos Marechais com a rotina da cidade . O envolvimento vai além de jogadores, dirigentes e torcedores. A comunidade se envolve. São Gabriel, com apenas 62 mil habitantes, tem uma legislação específica de incentivo financeiro ao esporte. Desde 2014, a Lei 3.556 destina pelo menos 150 mil ao Sanga todos os anos. Empresas locais também patrocinam e apoiam o Águia da Fronteira das mais diferentes formas. Tudo é válido para manter o clube vivo, um cenário diferente da época que uma crise financeira atravessou o então São Gabriel Futebol Clube, em 2009. Os seis anos seguintes foram de saudade e portões fechados no Estádio Sílvio de Faria Corrêa. Em 2014, após um intenso movimento da cidade que pedia a volta da vida nos campos e de uma nova direção, renasceu o Esporte Clube São Gabriel, com identidade renovada, mas o mesmo amor desde a sua fundação, no ano 2000.

- Foi um tempo difícil, pois cada Gabrielense tem um papel dentro do clube e se orgulha de a cidade sustentar o futebol profissional, de um time levar o nome do município. O pessoal ajuda dentro e fora de campo. Ajuda até a arrumar uma cerca, doa uma lata de tinta - conta Uilian Pacheco, comunicador da Rádio RBC, que há 13 anos cobre o dia a dia da comunidade e do esporte local.

No último dia 20 de fevereiro, quando a reportagem do Diário esteve na cidade, o presidente Roque Oscar Hermes se emocionou a ponto de não conseguir falar sobre a trajetória do próprio clube. O filho e gerente de futebol herdou a mesma paixão e atualmente divide a vida acadêmica com a administração do Sanga.

- Sou estudante de Medicina, na Argentina, mas sempre que posso estou aqui. É uma paixão. O clube vive com o trabalho de todos. Os médicos do time, por exemplo, são daqui da cidade, fazem um trabalho voluntário Temos permuta para alimentação dos jogadores e uma torcida muito presente. O Inter-SM é um time tradicional e temos clássico regional. O jogo de estreia é sempre especial - adianta Luis Eduardo Meneghello Hermes, 22 anos.

IDENTIDADE E SENTIMENTO

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Entre as melhores lembranças que o estudante de Meteorologia Gustavo Firpo, 23 anos, guarda da infância, estão as tardes de jogo do São Gabriel Futebol Clube. Foi com os pais, que desde os 4 anos, passou a frequentar o estádio. Hoje, ele guarda as bandeiras que ele mesmo confeccionou e até põe a mão na massa quando necessário. A propósito foi um dos braços que ajudaram a renovar a pintura o estádio, no ano passado.

- Quando você sai nas ruas e vê o clima na cidade acerca de um jogo importante, quando você vai ao estádio e é reconhecido, seja por amigos que também são torcedores, seja pelos jogadores dos quais você tem total acesso, você vê o quanto é mágico o futebol do Interior. É um sentimento indescritível, que é baseado na sensação de identidade com o povo e que não necessita de resultados em campo como troca, quanto menos de amor ao dinheiro, diferentemente dos clubes da Capital - relata Gustavo, que integra a torcida organizada Fúria Jovem.

Ainda pequeno, celebrou o avanço do time que, em 2000 estava na Terceira Divisão e, meteoricamente, em 2002, já estava na primeira divisão do Gauchão, inclusive disputando a fase de semifinal do estadual e Campeonato Brasileiro Série C. Mas, também aprendeu sobre as alegrias e tristezas que podem surgir no universo esportivo, amargando a falência do clube em 2009:

- Embora com outras cores e outro nome, nós, torcedores, levamos a mesma alma e o mesmo amor pelo clube que joga no mesmo estádio, diante de toda a carga histórica construída nele. Hoje sou 100% torcedor do E.C. São Gabriel, não tendo como time principal ou secundário. Sigo o Sanga aonde ele for, como em 2018, que fui em seis dos sete jogos fora de casa. Há muitos sacrifícios nessas viagens e muita história para contar.


PARTIDAS INESQUECÍVEIS*

  • Copa do Brasil em 2004 - São Gabriel 2 x 1 Palmeiras
  • Gauchão em 2005 - São Gabriel 4 x 3 Grêmio - Jogo no Estádio Olímpico em Porto Alegre
  • Divisão de Acesso em 2015 - São Gabriel 3 x 1 Pelotas
  • Terceirona em 2014 - São Gabriel 2 x 1 Palmeirense
  • Divisão de Acesso em 2017- São Gabriel 0 x 0 Guarany de Bagé - Confronto direto pelo rebaixamento, quando o adversário caiu

*Conforme o gerente de Futebol do clube

O ENFRENTAMENTO

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Após um mês e meio de pré-temporada, Inter-SM e São Gabriel estão prontos para a disputa da Divisão de Acesso. A estreia, no domingo, colocará frente a frente as equipes da região, em uma partida que envolve muita rivalidade. Alvirrubro e Tricolor Gabrielense iniciam a caminhada em busca da vaga na elite gaúcha a partir das 16h de domingo, no Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria.

Pelo lado vermelho e branco, o alto número de lesionados - cinco, no total - é uma preocupação já na 1ª rodada. O zagueiro Léo Santos, com suspeita de apendicite, o lateral Nicolas, o volante Kaio, o meia-atacante Matheus Cunha e o atacante Danilo Mederos não devem ser relacionados para o confronto.

Pelo lado do Sanga, a expectativa é para ver como o time se comporta contra um adversário de nível semelhante. A pré-temporada, iniciada em 20 de fevereiro, uma semana depois do rival de Santa Maria, foi também de seis dispensas no elenco e contratação de outros oito atletas. Nos amistosos, apesar de manter o retrospecto invicto, o time do técnico Antonio Freitas encarou apenas equipes amadoras ou sem divisão estadual.

Ambos os treinadores, Sananduva e Freitas, concordam que um bom resultado na estreia é essencial para o andamento da Divisão de Acesso.

Os portões abrem às 15h. Ingressos na hora serão vendidos a R$ 30 (geral), R$ 40 (pavilhão B) e R$ 60 (cadeiras). Para torcedores do Sanga, o valor é de R$ 30. 

FICHA TÉCNICA INTER-SM -  Ramon, Dênis, Leandro Mendes, Pedro Lima, Paulo Henrique; Théo, Marcos Paulo,Chiquinho, Wesley,Felipe Tchelé, Juninho.Técnico: Sananduva

FICHA TÉCNICA SÃO GABRIEL - Felipe, Boni, Gustavo Bastos, Ilson, Lucas Santos, Mancha, Tiago Bagagem, Kássio, Robinho, Chiquinho, Lucas Drama. Técnico: Antonio Freitas 

ARBITRAGEM - Edegar Frick, auxiliado por Rodrigo Moraes e João Pedersen

LOCAL - Estádio Presidente Vargas

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

HISTÓRICO DAS EQUIPES

SÃO GABRIEL

  • A história oficial do Esporte Clube São Gabriel começa em setembro de 2013, com a fundação do atual time. Entretanto, a herança que o clube carrega vem de décadas. Antes do EC São Gabriel, o São Gabriel Futebol Clube representou a Terra dos Marechais no futebol estadual e até nacional. O São Gabriel FC, por sua vez, se originou em 2000, a partir de outros dois históricos times locais, a Sociedade Esportiva e Recreativa São Gabriel e o Grêmio Esportivo Gabrielense, times históricos de participações em competições estaduais nas décadas anteriores.
  • O São Gabriel FC teve participações destacadas nos Gauchões de 2002 e 2003, chegando entre os quatro primeiros. A campanha de 2003 rendeu ao clube uma vaga na Copa do Brasil do ano seguinte. No torneio nacional, passou pelo Figueirense e foi eliminado pelo Palmeiras, não antes sem vencer os paulistas no Estádio Sílvio de Faria Corrêa - inaugurado em 1957 - por 2 a 1, um dos mais importantes feitos da história do clube. Em 2005, a equipe foi rebaixada para a Segunda Divisão Gaúcha, onde ficou até 2009, ano em que se licenciou do futebol.
  • O Esporte Clube São Gabriel surgiu em 2013 para resgatar essa história e retomar o futebol profissional no município. No ano seguinte, na competição de estreia, a Terceirona Gaúcha, o Tricolor Gabrielense, como passou a ser também conhecido, bateu o Palmeirense na disputa da terceira vaga do Acesso e cavou sua vaga na Divisão de Acesso do ano seguinte. Após empate em 0 a 0 na ida, o Sanga aplicou 2 a 1 em casa, em outro jogo histórico. No ano seguinte, o São Gabriel ficou a um passo do acesso à elite, mas caiu no quadrangular final. Desde então, o Tricolor segue na Divisão de Acesso em busca da tão sonhada vaga entre os grandes clubes do Rio Grande do Sul.

INTER-SM

  • Fundado em 1928, o Esporte Clube Internacional de Santa Maria completa, em 16 de maio, 92 anos de história. Desde a primeira partida, contra o Militar Foot-Ball Clube, em agosto de 1928, foram diversas vitórias, conquistas, mas também derrotas e períodos difíceis. O Estádio Presidente Vargas foi inaugurado em 1947 e recebe, até hoje, os jogos do Inter-SM, conhecido também como Alvirrubro da Baixada, pela localização da sua casa.
  • O primeiro grande título veio em 1968. Ao vencer a Zona B do Ascenso, o Inter-SM garantiu, no ano seguinte, a primeira participação na elite do futebol gaúcho. Entretanto, a década de 80 pode ser considerada a mais vitoriosa do clube santa-mariense. Em 1980, a equipe ficou na 3ª colocação do Campeonato Gaúcho e conquistou uma vaga na Taça Prata (2ª Divisão Brasileira) do ano seguinte.
  • Em 1981, após ser eliminado na primeira fase da Taça Prata, o Inter-SM fez grande campanha no Campeonato Gaúcho e sagrou-se campeão do Interior, com a consequente vaga na Taça Ouro, primeira divisão nacional, no ano posterior. 
  • A primeira e única participação alvirrubra na primeira divisão nacional, em 1982, terminou na segunda fase, mas reservou partidas marcantes, como a vitória por 3 a 0 diante do Vasco, de Roberto Dinamite, na Baixada.
  • Em 1991, o clube conquistou a Segunda Divisão Gaúcha e a consequente vaga à elite estadual, onde ficou até 1994, e retornou em 1999, e foi rebaixado, novamente, em 2000.
  • O retorno à elite ocorreu em 2007, em um jogo inesquecível diante do Pelotas, no Presidente Vargas.
  • O clube está na Divisão de Acesso desde 2012. Em 2017 e 2018, bateu duas vezes na trave ao ser eliminado na semifinal da competição, a um passo da volta à elite. No ano passado, o Inter-SM não passou da primeira fase.

*Colaborou Felipe Backes

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

No dia em homenagem a elas, as histórias e as constantes lutas das mulheres rurais Anterior

No dia em homenagem a elas, as histórias e as constantes lutas das mulheres rurais

Próximo

VÍDEO: 'temos um sistema ultrapassado no nosso trânsito', admite secretário

Reportagem especial