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VÍDEO: dona de casa faz sucesso com banca de tapiocas orgânicas

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Dalila criou uma receita saudável, que substitui o polvilho utilizado na tradicional tapioca. De vários sabores, as raskiokas já fazem sucesso

"Diante de uma crise, crie". Esse pensamento fez com que a dona de casa Dalila Cecatto Bachinski, 58 anos, decidisse transformar o talento na cozinha em renda extra. Diante de limitações financeiras, ela resolveu começar a comercializar tapiocas orgânicas, alimento que preparava para os familiares e já era muito bem aceito entre os mais chegados. Assim, ela criou, em junho de 2019, a Maria Raskioka, banca itinerante para vender o produto.

Agora, a Maria Raskioka tem presença garantida no Brique da Vila Belga e no Brique de Itaara, que ocorrem sempre aos domingos. As tapiocas, chamadas de "raskiokas", são feitas com a própria mandioca, ou seja, Dalila não utiliza a goma (polvilho doce) como ingrediente principal, mas sim todo o legume. Ao invés de ralar a mandioca, deixando-a em farelos, a empreendedora raspa o legume, fazendo com que ele se transforme em pequenas tiras:

- O nome do empreendimento vem deste processo de "rasquear". Tudo que utilizo é natural - conta Dalila, que nasceu em São Vicente do Sul, mas mora em Santa Maria há cerca de 30 anos.

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Além de participar dos briques, a moradora do Bairro Tancredo Neves leva a banca da Maria Raskioka para o Centro de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, no Bairro Medianeira, todo sábado, das 6h ao meio-dia, e para a Avenida Paulo Lauda, em frente a MB Farmácias, nas tardes de quintas e sábados. A tapioca é assada em frigideira de cerâmica e montada na presença dos clientes, no ato da compra.

Veja como é feita a "raskioka":

RETORNO FINANCEIRO 
As tapiocas doces são vendidas ao preço de R$ 7. As salgadas e vegetarianas a R$ 6 (confira a lista de sabores disponíveis abaixo). Até agora, conforme fala Dalila, ela investiu cerca de R$ 2,5 mil no negócio, quantia que serviu para montar a banca e comprar os utensílios necessários para cozinhar o prato. Por mês, a empreendedora consegue faturar, em valores brutos, sem descontar os gastos, cerca de dois salários mínimos:

- Espero que não tenha que alterar o preço das tapiocas devido à entressafra da mandioca. Investi bastante na banca, que é bem bonita e iluminada. A banca é minha grande aliada para chamar atenção dos clientes - completa a vicentina, que também trabalha sazonalmente com fabricação de cascão para sorveterias.

HIGIENE E ORGANIZAÇÃO
Na semana passada, Dalila concluiu o Curso de Boas Práticas em Fabricação de Alimentos, oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) oferece aprimoramento para empreendedores através do Curso de Capacitação em Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

A professora do curso, Valéria Braccini, diz que trabalhar com alimentos requer cuidado:

- Temos que ser atentos à higiene do ambiente, dos utensílios e manipuladores, além de verificar a temperatura de acondicionamento. É importante também conhecer a origem dos ingredientes utilizados no preparo dos lanches.

A Maria Raskioka é um empreendimento registrado em cartório e faz parte da Cooperativa de Trabalho Mulheres que Acolhem (Cootrama).

Dalila pretende aumentar o número de bancas e criar uma franquia.

A empresária Margarete Bigolin Ferraz, que também faz parte da Cotrama, elogia o trabalho da colega. Fã de produtos naturais, ela diz que o gosto de cada tapioca é único:

- Quem nunca comeu essas tapiocas, não sabe o que está perdendo. São maravilhosas. Gosto muito das salgadas e das vegetarianas.

Dalila leva a banca para festas em residências ou salões. Para isto, o cliente precisa contratá-la, comprando, no mínimo, 50 tapiocas.

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SABORES DA RASKIOKA

Salgados

  • Frango
  • Calabresa
  • Presunto

 Vegetarianos

  • Ora-pro-nóbis com  cenoura e tomate seco 
  • Brócolis
  • Broto de trevo e alfafa ou linhaça 
  • Cenoura, rúcula e tomate seco 
  • Kibe (carne de soja)

Doces 

  • Alfajor de pão de mel com recheio de nutella e doce de leite
  • Romeu e julieta
  • Banana caramelada canela e doce de leite
  • Todos os sabores contém queijo (mussarela, requeijão, cheddar, prato ou cremoso, a escolha do cliente)

ONDE ENCONTRAR A BANCA MARIA RASKIOKA

  • Domingos - Brique da Vila Belga (1º e 3º do mês) e Brique de Itaara (2º e 4º do mês)
  • Sábados - Centro de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter (Rua Vereador Bolsson, Bairro Nossa Senhora Medianeira), durante a manhã
  • Quintas e sábados - Em frente à MB Farmácias, na Avenida Paulo Lauda, no Bairro Tancredo Neves, durante a tarde
  • Dia 20 de setembro - Em frente à soverteria Milkmone (Avenida Medianeira)

DICAS PARA OFERECER UM PRODUTO ALIMENTÍCIO DE QUALIDADE

  • Lavar as mãos
  • Utilizar luvas descartáveis e substituí-las sempre que trocar de atividade 
  • Bancada deve estar sempre bem higienizada com água e sabão neutro, antes, durante e após o preparo dos  alimentos 
  • Os alimentos preparados devem permanecer sob refrigeração em temperatura de até 5ºC 
  • Se for preciso, devem ser utilizadas caixas isotérmicas limpas 
  • O alimento não deve permanecer em cima da bancada por mais de 30 minutos 
  • Revisar o prazo de validade dos produtos usados
  • Se houver líquidos em produtos cárneos congelados, os mesmos não devem ser adquiridos. O líquido é um  indicativo de que houve variação da temperatura no  armazenamento ou durante o transporte do alimento 
  • Cuidar para que cabelos, palitos de madeira e insetos não caiam no alimento 
  • Usar utensílios que não descasquem ou contenham ferrugem 
  • Se utilizar água de fontes alternativas, verificar a potabilidade da água, para saber se o consumo é seguro e está nos padrões químicos normais
  • Fonte:  Valéria Braccini

*Colaborou Rafael Favero

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