Uso de estimulantes e riscos associados

Mauricio Scopel Hoffmann

O metilfenidato, comumente prescrito para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), pode trazer riscos mesmo quando usado conforme indicação médica. Um estudo recente publicado na Jama Psychiatry mostrou que cerca de 9% dos que usam a medicação de forma prescrita por médico desenvolveram um transtorno por uso de estimulantes. Embora aumentar dose seja algo normal e indicado dentro do tratamento, o mais surpreendente é que a boa parte dos casos de uso problemático ocorreu entre pessoas que tomaram apenas o que foi prescrito, ou seja, sem desvio ou uso recreativo. Esses dados reforçam a importância do acompanhamento médico rigoroso e da educação sobre riscos, mesmo quando o tratamento parece estar sendo seguido corretamente. É fundamental que o uso de estimulantes seja cercado de cuidado, com atenção contínua ao bem-estar físico e mental de quem os utiliza.


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Solidão: um problema com muitos nomes

Sentir-se sozinho não é sempre a mesma coisa. Um estudo publicado na Nature Mental Health mostra que existem dois tipos principais de solidão: a emocional, quando a pessoa sente falta de uma conexão íntima com alguém, e a social, quando ela sente que não tem um grupo com quem possa contar. A solidão emocional está mais ligada a problemas como tristeza profunda, ansiedade, pensamentos ruins e até uso de álcool ou outras drogas. Já a solidão social costuma aparecer em momentos de mudança de vida, como quando a pessoa se muda ou se aposenta, e sente que perdeu suas conexões com os outros. Entender esses dois tipos é de funtamental importância, já que solidão faz tão mal a saúde quanto o cigarro. Neste sentido, profissionais da saúde e gestores públicos devem estarem atentos, pois o remédico para a solidão passa, muitas vezes, por haver mais parques e áreas de convívio em uma cidade, ou de se estabelecer rotinas para se ter relacionamentos com qualidade afetiva.


O que faz as pessoas  envelhecerem mais rápido
Um estudo com quase 500 mil pessoas mostrou que fatores do dia a dia, como alimentação, poluição, atividade física e dinheiro, influenciam muito mais no envelhecimento e na chance de morrer cedo do que nossa genética. Enquanto os fatores genéticos explicaram apenas 2% da chance de morte precoce, os fatores ambientais explicaram 17%. Por exemplo, pessoas com problemas no sono, pouco exercício ou que vivem em áreas muito poluídas, têm mais risco de desenvolver doenças no coração, no pulmão e no fígado. Essas descobertas mostram que a forma como vivemos conta mais que a herança de família. Melhorar o ambiente em que as pessoas vivem e oferecer oportunidades de vida saudável pode ser tão importante quanto qualquer remédio para garantir uma vida longa e com qualidade.

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