Uso de herbicidas hormonais no Estado

Na semana passada, no dia 3 de abril, houve na Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul, a audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa. Teve como objetivo debater os impactos do herbicida 2,4-D na vitivinicultura e em outros cultivos agrícolas no Estado.


Debate importante
Esse é um tema de extrema relevância para agricultura gaúcha, pois precisamos analisar a questão por todos os lados envolvidos. Se por um lado esses herbicidas hoje são fundamentais nas culturas da soja e arroz irrigado, não é coerente que a utilização dos mesmos prejudique culturas como videiras, oliveiras e nogueira-pecã.

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24/03/2025 14:00
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Treinamentos de aplicadores
Desde 2019, o Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro que tem uma instrução normativa que regulamenta a utilização de herbicidas hormonais, sendo que o curso teórico/prático de 16 horas obrigatório em diversas regiões do Estado para quem vai aplicar esses produtos. Dessa maneira, os aplicadores são treinados de como realizar adequadamente as aplicações desses herbicidas.


Importância da qualificação
Em cada um dos cursos realizados é possivel verificar a mudança de percepção dos aplicadores treinados, a consciência de que é possível aplicar com mais qualidade e segurança. Portanto, não é admissível que se questionem a importância da qualificação técnica dos envolvidos nas aplicações agrícolas, afinal hoje fomos referência para o Brasil em termos de treinamento de aplicadores.


Mais medidas
Todavia, infelizmente, temos que analisar o cenário atual e concluir que embora os treinamentos realizados, o esforço fundamental da Emater em difundir conhecimento e da Secretária de Agricultura do Estado em buscar fiscalizar essas aplicações, o problema ainda persiste. Portanto, novas medidas precisam ser tomadas para que os nossos produtores de cultivos sensíveis não sejam mais penalizados.


Análise técnica
Durante a audiência pública, tivemos participações técnicas importantes que precisam ser ouvidas, como o professor Aldo Merotto da UFRGS e o engenheiro agrônomo Ronaldo Carbonari como representante da Emater. Ambos ressaltaram a importância dos cursos de capacitação e as diferenças que existem entre os produtos disponíveis no mercado. Portanto, espera-se que as decisões que sejam tomadas com base científica, e não apenas em questões políticas, afinal, precisam ser tomar decisões que atendam a todos os envolvidos.


Punições
Uma das alternativas que temos antes da proibição desses produtos é o maior regramento do seu uso, talvez criando zonas de amortecimento, afinal, sabemos tecnicamente que é possível realizar essas aplicações sem prejudicar as culturas vizinhas, entretanto, é necessário que os cuidados técnicos sejam tomados. Além disso, para aqueles produtores que não estão dispostos a melhorar os seus processos de aplicação, serão necessárias punições mais severas, antes que tenhamos que tomar decisões que prejudicariam toda uma cadeia produtiva no Estado.

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Adriano Arrué Melo

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