Dia mundial do transtorno bipolar

Mauricio Scopel Hoffmann

O Dia Mundial do Transtorno Bipolar (WBD) será celebrado em 30 de março. A data foi escolhida por ser o aniversário do pintor Vincent van Gogh, que possivelmente viveu com essa condição. O transtorno bipolar é caracterizado por oscilações de humor entre episódios de mania, hipomania e depressão, afetando cerca de 1% da população mundial, homens e mulheres na mesma proporção. O risco genético é alto, mas fatores ambientais, como o uso de drogas, também podem contribuir para o desenvolvimento da condição.


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Quais são suas características?

O transtorno bipolar é uma condição mental marcada por oscilações extremas de humor, alternando entre dias, semanas ou meses de mania, hipomania e depressão. A hipomania é um estado de humor elevado em que a pessoa se sente excessivamente confiante, tem mais energia, fala e pensa rapidamente, dorme menos e age de forma impulsiva. Embora possa aumentar a produtividade, pode levar a decisões arriscadas. A mania é uma forma mais intensa, com comportamento descontrolado, ideias grandiosas e, frequentemente, as pessoas apresentam delírios e desconexão da realidade, causando prejuízos significativos na vida cotidiana. A fase depressiva é marcada por falta de energia, desinteresse por atividades antes prazerosas, tristeza persistente, alterações no sono e no apetite, dificuldade de concentração e pensamentos autodestrutivos. Sem tratamento, o transtorno pode levar a complicações graves, como aumento do risco de suicídio e problemas cardiovasculares. No entanto, com diagnóstico correto, o tratamento pode ser adequadamente escolhido.


Tratamentos recomendados

A primeira recomendação é procurar um médico psiquiatra para uma avaliação detalhada. Diversas condições de saúde podem apresentar sintomas semelhantes ao transtorno bipolar, tornando essencial um diagnóstico preciso para a escolha do tratamento adequado.


As diretrizes de 2018 da Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT) e da International Society for Bipolar Disorders (ISBD) recomendam como tratamentos de primeira linha a quetiapina e o lítio, eficazes tanto para o controle da fase aguda quanto para a prevenção de recaídas, nos episódios hipomaníacos, maníacos ou depressivos. Outros medicamentos também podem ser indicados conforme a fase do transtorno. Estudos recentes baseados em grandes populações europeias confirmaram a eficácia desses tratamentos na prática clínica, mostrando que o lítio e a quetiapina estão associados a menores taxas de hospitalização e recaídas.


Ainda assim, a decisão terapêutica deve ser feita individualmente com o psiquiatra, pois nenhum tratamento eficaz é totalmente isento de efeitos colaterais e contraindicações. Por isso, mesmo que existam medicações amplamente recomendadas, nem sempre serão a melhor escolha para todos os pacientes. Felizmente, há diversas alternativas eficazes disponíveis e, com o tratamento adequado, os pacientes podem ter uma vida plena e produtiva.

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