
Por unanimidade, a Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou, na noite de quinta-feira (9), o projeto que autoriza a prefeitura a pagar aluguel social às famílias que foram removidas de áreas ao redor de morros em virtude dos riscos de deslizamentos após a enchente. A proposta foi protocolada pelo Executivo ainda na quinta-feira e aprovado em tempo recorde pelo Legislativo devido à urgência, já que moradores estão em abrigos provisórios ou em casa de familiares.
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O aluguel beneficiará moradores da Rua Canário, Bairro Itararé, e da Vila Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Churupa, que precisaram deixar esses locais e foram levados para a Igreja Santa Catarina. Em 1º de maio, no Morro do Cechella, mãe e filha, Liane Ulguin da Rocha e Emily Ulguin da Rocha, respectivamente, morreram soterradas.
Conforme o projeto, a prefeitura está autorizada a pagar até R$ 1,2 mil por família pelo período de 12 meses. Secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Wagner Bitencourt informou que cerca de 300 famílias devem ser beneficiadas com o aluguel social da Rua Canário, onde ocorreu o deslizamento com as duas vítimas, e da Vila Nossa Senhora Aparecida.
O impacto financeiro do aluguel social em um ano é demais R$ de 4 milhões e é recurso próprio do município, que fez remanejamentos do Orçamento 2024.
— É um projeto extremamente urgente. É a prefeitura que paga o aluguel e diretamente para o locador — afirmou o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que foi à Câmara, na tarde de quinta-feira, entregar o projeto, e ao mesmo tempo, fazer um apelo pela celeridade na aprovação do projeto, o que ocorreu.
Ele informou que a prefeitura está tratando com o Secovi, Sindicato das Imobiliárias, para o aluguel das residências.
Também na noite de quinta-feira, os vereadores aprovaram o repasse de R$ 3 milhões do Orçamento do Legislativo para a prefeitura utilizar na recuperação das estradas do interior, que foram muito castigadas pela enxurrada.