Prato cheio para a oposição
Depois de o governo Lula anular o leilão do arroz por suspeitas de irregularidades entre as empresas, o Palácio do Planalto enfrenta denúncia, agora, relacionada à licitação da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Com valor de R$ 197 milhões, o edital era para a contratação de empresas para assessoria de comunicação e gestão de mídias sociais do governo. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão por suposta fraude. Antes da abertura das propostas, um portal do centro do país já havia antecipado as empresas vencedoras.
Ao site UOL, o ministro Paulo Pimenta, hoje de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, mas que, à época do lançamento do edital era o chefe da Secom, afirmou que as “denúncias são infundadas e têm o objetivo de interferir no resultado final do certame licitatório”. O fato é que a anulação do leilão e agora a suspensão da licitação têm sido um prato cheio para os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o deputado gaúcho Luciano Zucco (PL), que fez a primeira denúncia ao TCU, desgastarem o governo petista.
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Do outro lado da moeda
Por outro lado, a Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (11), a 4ª fase da Operação Última Milha que mira o governo e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro. O objetivo foi “desarticular organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)”.
Em nota, a PF informou que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.
A esquerda, especialmente os petistas, aproveita a operação e o caso das joias para contra-atacar a direita. A polarização entre lulistas e bolsonaristas não tem trégua.
Independentemente de esquerda, centro ou direita, denúncias envolvendo recurso público ou a estrutura pública precisam ser apuradas. É uma questão de transparência.
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