Deni Zolin

Se governo cortar desconto simplificado do Imposto de Renda, atingirá quem ganha menos

Não há nada confirmado, mas o governo federal estuda mesmo a possibilidade de extinguir o desconto de 20% concedido automaticamente a contribuintes que optam pela declaração simplificada do Imposto de Renda da pessoa física. Essa saída "mágica", que foi descoberta por jornalistas da Folha de S.Paulo, seria para financiar o programa Renda Cidadã.

Em substituição, segundo fontes que participam da elaboração da medida, seria mantido o direito às deduções médicas e educacionais, benefícios que estavam na mira da equipe econômica desde o ano passado.

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Hoje, quem opta pelo modelo simplificado tem uma dedução padrão de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, abatimento que substitui todas as outras deduções. O limite atual desse desconto é de R$ 16.754,34 por contribuinte.

O problema é que, se essa ideia vingar, trabalhadores com renda mais baixa acabarão pagando mais imposto de renda, pois recebem mais de R$ 1.903,98 por mês e geralmente não têm deduções para educação e saúde, pois depende de escola pública e do SUS. Parece deboche, mas quem ganha acima de R$ 1.903,98 já precisa pagar Imposto de Renda, como se já tivesse grandes rendimentos.

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