Foto: Beto Albert (Diário)
Além de destruir estradas e pontes, as enchentes de maio e as chuvas que seguiram atingindo o Estado abriram buracos nas rodovias e ruas das mais diferentes cidades gaúchas. Nas estradas de chão do interior, muitas seguem intransitáveis. Prefeituras e órgãos federais e estaduais continuam no desafio de colocar tudo em dia.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
Na zona urbana de Santa Maria, a Faixa Nova de Camobi (RSC-287) é uma das mais afetadas, pois já vinha com problemas. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) até fez tapa-buracos emergenciais, mas a recuperação profunda dessa rodovia e de outras estradas estaduais ainda dependerá da liberação de mais verbas, já que os recursos previstos para essa obra acabaram sendo gastos de forma emergencial na recuperação das cabeceiras de pontes da região ao longo de maio.
Questionado se serão liberadas mais verbas para poder retomar as obras já previstas de recuperação das estradas em Santa Maria e região, o órgão estadual respondeu por meio de nota:
“O Daer informa que a região da Quarta Colônia foi uma das mais afetadas pelas enchentes no Estado. Muitos municípios ficaram sem nenhum acesso e, com isso, o Departamento teve que priorizar essas demandas, dentro do contrato de conservação de rodovias que atende a regional, realizando aterro de cabeceiras de ponte, contendo erosões, arrumando pavimento, de maneira a restabelecer o trânsito para dar acesso aos municípios que estavam ilhados. A partir de agora, com os acessos restabelecidos, o Daer retomará a rotina de atendimento aos pontos de rodovias que apresentaram problemas menos complexos e urgentes como, por exemplo, que demandam a realização de limpeza, tapa-buracos, etc. Esses serviços serão realizados dentro do contrato de conservação. O saldo do contrato será renovado e será possível fazer esses serviços que estavam aguardando a resolução dos outros problemas, mais urgentes.”
Ou seja, o Daer pretende liberar mais verbas, mas ainda não sabe quanto dinheiro nem quando será possível recuperar essas rodovias.
Já o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) diz que tem feito trabalhos de tapa-buracos nas rodovias federais da região e prevê R$ 88 milhões para recuperação completa da BR-158, entre Santa Maria e Júlio de Castilhos, a partir dos próximos meses.
No perímetro urbano de Santa Maria, um ponto com problema é ao lado do viaduto da Duque, onde uma cratera se abriu durante as enxurradas e segue aberta.
Segundo o Dnit, o problema foi provocado pela obra de um condomínio, que alterou o fluxo de água na região. O órgão federal informou que a construtora demonstrou proatividade e já contratou uma empresa para fazer um estudo do conserto definitivo da rede de drenagem. Só depois é que a cratera será fechada.
