Na noite desta quinta, seguiam as incertezas sobre a greve dos caminhoneiros no Brasil, com uma menor parte dos pontos ainda bloqueados, apesar do pedido do presidente Jair Bolsonaro para que os manifestantes colocassem fim aos bloqueios. Nesta quinta à tarde, lideranças de caminhoneiros falaram com Bolsonaro e reduziram os bloqueios, mas diziam que só iriam pôr fim à paralisação após terem uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Enquanto isso, em vários Estados, seguia o temor por falta de combustíveis. Porém, o diretor comercial da Distribuidora Santa Lúcia, de Santa Maria, Cláudio Tavares, ressaltou ontem que a população precisa ter calma e não fazer uma corrida aos postos, como ocorreu na greve de 2018 e, agora, em algumas cidades do país.
Segundo Tavares, os postos e distribuidoras de Santa Maria e região têm estoques de combustíveis para três a quatro dias de consumo normal e, portanto, pediu calma à população para não fazer correria aos postos para abastecer.
- Em 2018, a gasolina acabou em um dia porque todo mundo correu para abastecer. Vamos ter calma e esperar as coisas se acalmarem, pois há estoque para três a quatro dias de consumo normal - afirmou ele ao programa F5, na rádio CDN, com a expectativa do fim dos protestos, já que o próprio Jair Bolsonaro pediu para os caminhoneiros voltarem a trabalhar.
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Apesar dessa expectativa de fim da paralisação, Tavares informou que seguia monitorando a situação. No final da tarde desta quinta, chegaram a Santa Maria dois caminhões com combustíveis que haviam ficado barrados por mais de 24 horas em Rio Grande, o que já é um bom sinal. A distribuidora esperava a liberação dos bloqueios para que outras carretas, que viriam de Esteio, pudessem retomar viagem para Santa Maria. Às 19h de desta quinta, carretas com etanol anidro, vindo do Centro-Oeste e usado na mistura da gasolina, estavam trancadas em Maravilha (SC). Segundo Tavares, algumas distribuidoras estão vendendo combustíveis aos postos, mas em quantidade menor do que os pedidos normais.
Na região, houve correria em alguns postos de São Gabriel, onde chegou a faltar gasolina. Em Santa Maria, não houve.
Em situações críticas como essas, é preciso tentar conter o medo e agir de forma racional. Se todo mundo correr para abastecer no mesmo dia, é óbvio que vai faltar gasolina nos postos. Outra preocupação recorrente para quem precisa viajar era sobre os bloqueios, que mudavam de situação a cada hora, dificuldade o planejamento de viagem, já que ninguém quer ficar preso nas estradas. Por sorte, a grande maioria dos protestos não barrava automóveis.
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