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As três novas praças de pedágio da RSC-287 só poderão começar a cobrar a partir de setembro de 2022, quando as obras de recuperação da rodovia forem concluídas. Porém, a mudança de local do posto de pedágio de Santa Maria causou insatisfação em moradores do distrito de Palma. Eles fizeram duas reuniões e enviaram uma carta às autoridades e à concessionária Rota de Santa Maria em que pedem nova troca de local.
No edital de concessão, constava que a praça de pedágio 5 (PP5) seria instalada no km 214, perto do novo posto Santa Lucia, que fica próximo ao Trevo do Santuário. Porém, a concessionária Rota de Santa Maria pediu alteração de local e, nas últimas semanas, o governo do Estado publicou no Diário Oficial um documento declarando como área de utilidade pública um trecho no entorno do km 220, determinando que ali passaria a ser construída a praça de pedágio 5. Esse local fica entre um grande açude, às margens da rodovia, e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Major Tancredo Penna de Moraes. A notícia, dada em primeira mão pelo Diário, pegou os moradores de surpresa. Eles ficaram sabendo da novidade pelo próprio jornal. Na semana seguinte, o dono da área, o antropólogo e produtor rural Carlos Eduardo Neves de Moraes, diz ter recebido uma visita de representantes da concessionária, que já fizeram uma proposta para comprar a área necessária para construir a praça de pedágio.
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Ele disse que, antes de dar qualquer resposta, resolveu consultar a direção da escola. Segundo Moraes, o colégio e a comunidade consultada foram contrários à instalação do pedágio nesse local previsto por causa do aumento do barulho e dos riscos para os 151 alunos que frequentam a escola. Foram feitas duas reuniões e, em uma delas, participaram mais de 60 pessoas.
Outra solicitação é não pagar pedágio
Outro pedido feito pela comunidade é o de isenção de pagamento do pedágio para moradores e trabalhadores dos distritos de Palma e Arroio do Só. A alegação é que "o pagamento da tarifa do pedágio geraria um custo extra muito expressivo no orçamento de famílias destes munícipes, que se deslocam diariamente ou com muita frequência para trabalhar ou estudar em Camobi e Santa Maria, ou que residem nestas localidades e se deslocam para o interior do município. A título de ilustração, para um trabalhador que recebe R$ 1.100,00 mensais, a tarifa diária indo e vindo para o trabalho, no valor previsto atual de R$ 3,70, representaria em torno de R$ 162,80 (considerando 22 dias úteis), ou seja, 14,8% do seu salário."
Porém, tanto o governo do Estado quanto a concessionária já haviam informado, antes, que o contrato não prevê isenção de tarifa a moradores do entorno dos pedágios. Resta saber qual vai ser a resposta da Rota de Santa Maria e do governo a esses pedidos. Ontem, no feriado, a coluna não conseguiu as respostas.