Deni Zolin

O preço da tarifa de ônibus em 10 das maiores cidades gaúchas

Claro que a tarifa de ônibus a R$ 5 (em dinheiro) ou de R$ 4,85, se pago com cartão eletrônico na roleta, é cara - o aumento vale a partir desta quinta-feira. Porém, é preciso levar em conta de que a realidade do transporte público no país e no Estado não é muito diferente, já que vive uma grave crise de queda de passageiros - e quanto menos usuários, maior fica o preço da passagem para manter o serviço. O custo por quilômetro rodado hoje em Santa Maria é de R$ 9,0482. Dividindo esse valor pelo índice de passageiros por quilômetro rodado (IPK), que é de 1,69, chegou-se ao valor de R$ 5,34 - o preço da tarifa será menor do que isso, porque a prefeitura compreendeu que não há outra saída a curto prazo senão bancar parte desse custo e tirar um pouco do peso das costas do passageiro pagante e dos empresários que pagam o vale-transporte aos funcionários. Se o IPK fosse de 3 passageiros por quilômetro rodado, a tarifa aqui seria de R$ 3.

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Porém, comparando os R$ 4,85 (cartão) e R$ 5 (em dinheiro) com os preços de algumas das principais cidades gaúchas, o valor daqui está numa faixa intermediária. Em Rio Grande, a passagem custa R$ 4,35 desde julho de 2021, quando teve o último reajuste. Em Santa Cruz do Sul, a tarifa custa R$ 4,45. Em Novo Hamburgo, é de R$ 4,60 desde abril do ano passado, enquanto em São Leopoldo, é o mesmo valor desde julho passado. Em Passo Fundo, a passagem subiu no final de 2021 para R$ 4,75. Em Porto Alegre e em Canoas, a tarifa custa R$ 4,80, enquanto em Pelotas, está em R$ 5. Em Caxias do Sul, a tarifa é a mais cara do Estado, com R$ 5,50.

Chama a atenção que, em Gravataí, a tarifa caiu em 1º de janeiro, indo de R$ 4,80 para R$ 3,75 porque a prefeitura de lá aprovou um projeto de lei que destina a verba de royalties do petróleo para bancar parte dos custos do transporte coletivo. A ideia é criar um círculo virtuoso, em que quanto menor a passagem, mais pessoas usam ônibus, ajudando a manter a tarifa mais baixa. A prefeitura de Santa Maria também chegou a cogitar uma proposta para baixar o preço da tarifa, mas, pelo jeito, o custo para bancar um subsídio ainda maior, a ponto de reduzir o preço da passagem, ficaria muito salgado.

Já em Parobé, por seis meses, a tarifa foi zerada. Porém, isso tem um custo, que é bancado pelo município. Em Santa Maria, antes da pandemia, o transporte custava cerca de R$ 80 milhões por ano. Se fosse investido esse valor, a passagem poderia ser zerada aqui. O problema é de onde tirar todo esse dinheiro.

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