Deni Zolin

Mesmo com reabertura de atividades, faturamento caiu para maioria das pequenas empresas

Uma pesquisa feita pelo Sebrae RS com 706 pequenas empresas gaúchas apontou que nem mesmo o fim da bandeira preta no Estado, com a flexibilização de atividades econômicas, resultou em melhora no faturamento. Segundo o levantamento, em abril, 68% dos entrevistados estavam com redução de faturamento (em março de 2021 eram 60%), 21% disseram que se manteve inalterado (em março eram 30%) e 11% responderam que houve aumento (em março eram 10%). Entre os empresários com queda de faturamento, 42% indicaram que a redução foi superior a 50%.

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A pesquisa indica que o nível de ocupação dos trabalhadores também permanece baixo e, em abril, 49% dos empresários responderam que houve diminuição do quadro, enquanto em março eram 45%. Reduziu de 49% para 43% o percentual dos que informaram que a ocupação se manteve inalterada, e passaram de 6% para 8% os empresários que disseram que houve aumento na ocupação de pessoas. O comportamento é semelhante ao de agosto de 2020, quando metade das empresas estava reduzindo o número de colaboradores, e a média de ocupação permaneceu em quatro pessoas por empresa.

Esses dados são da 11ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, feita pelo Sebrae RS de 29 de março a 25 de abril. O levantamento apontou que seguia ainda elevado o percentual das empresas que estavam sem funcionar: 19%. Restrições governamentais (44%), o fato de sua atividade funcionar só presencial (16%), a decisão de fechar (11%) e a remodelagem do negócio (10%) foram os motivos apontados pelo não funcionamento das empresas. Dos 19% de empresas que estavam sem funcionar, 11% delas adiantaram que irão fechar definitivamente. Para 38% delas, a razão está na falta de clientes, 26% pela falta de capital de giro e 23% não conseguiram reposicionar o negócio. 

32% DAS EMPRESAS ESTÃO SEM CAPITAL DE GIRO

Das empresas pesquisadas, 49% indicaram que têm disponibilidade de caixa para operar nos próximos 30 dias, no mês de março este percentual era de 60% das empresas. Já 32% das empresas informaram que não tinham capital de giro para tocar os negócios por mais um mês. Diante do agravamento da situação, a demanda de recursos para capital de giro, que em março era de 36%, voltou a ser prioridade, subindo para 49% das pequenas empresas gaúchas em abril. Além de capital, a orientação sobre o uso de ferramentas digitais para venda e relacionamento com clientes (44%) e consultoria para gestão financeira (34%), continuam como as principais necessidades apontadas.

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O indicador de disponibilidade de caixa para operar nos próximos 30 dias também piorou, caindo de 60% dos entrevistados, em março, para 49% em abril.

OTIMISMO É PEQUENO

A pesquisa do Sebrae com pequenas empresas apontou que 46% estavam pessimistas em relação às condições para os seus negócios nos próximos três meses, 38% se mostraram confiantes na melhora e 16% consideraram que deve permanecer igual.

Já em relação à situação de negócios de todo seu ramo de atividades, comparado a março, o índice negativo segue elevado: 73% responderam que a situação piorou, enquanto em março eram 78%. Outros 18% entendem que não houve alteração, mais do que os 16% de março, e, 9% apontaram que a situação melhorou - em março, eram 6%.

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