Deni Zolin

Instituto Butantan esclarece leitor do Diário que duvidou da segurança da vacina CoronaVac

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Diante de tantas notícias falsas e polêmicas envolvendo as vacinas contra a Covid-19, vêm surgindo muitos questionamentos à segurança e à eficácia dos imunizantes, principalmente quanto à vacina chinesa CoronaVac, feita em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Em uma notícia sobre as vacinas, o leitor Juliano Martins Diniz comentou uma reportagem do Diário, duvidando da segurança da CoronaVac. Nesta terça, o próprio Instituto Butantan entrou na publicação do Diário e respondeu a Diniz.

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Juliano Martins Diniz havia feito o seguinte comentário: "Eu sei que todas as vacinas levam anos de estudo e testes, não sou leigo como a moça acha, porém essa aí foi rápido que não chega a 100% de eficácia, ou estou errado se o próprio chefe do instituto Butantan, ou da Anvisa só aprovou por questão de emergência mas já alertou que é perigosa sim, pois não atende os 100%".

Na sequência, o Instituto Butantan respondeu: "Olá, Juliano. Os estudos que embasaram a divulgação do grau de eficácia da vacina do Butantan contra a Covid-19 têm todo o respaldo científico. É ciência pura e planejamento. A vacina do Butantan contra a Covid-19 é segura e eficaz. Quem tomar a vacina, não vai ser internado ou hospitalizado, nem desenvolver as formas grave ou moderada da doença. Os estudos mostraram que o imunizante do Butantan é 100% eficaz contra casos graves, 78% eficaz para casos leves, que não necessitam de internação, e 50,4% para os casos muito leves, praticamente assintomáticos e que não precisam de hospitalização. Segundo os testes realizados, a vacina do Butantan não causa nenhum efeito adverso grave ou prejudica a saúde da população. É segura e pode salvar vidas. Quando a vacina estiver disponível, tomar será uma medida sanitária. Significa contribuir com o coletivo e poupar vidas. Um gesto de grandeza. Depois do aval da Anvisa, a vacina do Butantan contra a Covid-19 já está chegando aos braços dos brasileiros. São 1,3 milhão de doses que vão salvar milhões de vidas em São Paulo. Primeiro estão sendo vacinados os profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos. Outras 4,6 milhões de doses foram entregues pelo Instituto ao Ministério da Saúde. O Brasil não pode perder mais tempo. É hora de enfrentar e vencer a pandemia. #EquipeButantan #VacinaDoButantan #EuConfio #InstitutoButantan #Butantan120Anos."

Ficou claro agora?

"Ambas as vacinas protegem 100% as pessoas de evoluir para a forma grave da Covid", diz médico

Nesta terça, o médico infectologista do Husm Alexandre Schwarzbolt reforçou a segurança e a eficácia das vacinas (leia mais na página 8) e citou que a Coronavac é ainda mais segura porque usa o vírus inativado. Com isso, a tendência é que, futuramente, seja liberada até para ser aplicada em crianças e gestantes. No momento, não será dada a grávidas por precaução, porque ainda não há estudos de segurança. Ele lembrou também que a Coronavac foi a única testada exclusivamente em profissionais de saúde, que estão mais expostos e com maior risco de contaminação. Por isso, existe a possibilidade de que, ao ser aplicada na população em geral, a Coronavac atinja uma taxa de eficácia ainda maior.

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Segundo o infectologista do Husm, o mais importante é que tanto a Coronavac quanto a vacina de Oxford são 100% eficazes contra casos graves. Dessa forma, quem for vacinado dificilmente precisará de internação em UTI, reduzindo muito o risco de morte, a lotação em hospitais e o medo da população.

Portanto, vamos acabar com as fake news e se informar, além de se vacinar - quando isso for possível. Como ainda não há cura para a Covid, a vacina é mais uma saída, além das regras de distanciamento, que precisam ser mantidas. Seguir a ciência e estar bem informado é uma questão de sobrevivência.

Esta semana, por exemplo, o "doutor Cloroquina" Didier Raoult admitiu que o medicamento não tem eficácia contra a Covid, ao contrário do que defendia em 2020. Por via das dúvidas, alguns médicos seguem usando o medicamento quando não há risco aos pacientes (na tentativa empírica de ajudar na cura), enquanto não houver algum tratamento eficaz. Porém, o que não pode é haver a cegueira de defender a cloroquina como um elixir mágico contra a Covid. Se fosse realmente, não teríamos tantas mortes.

 Outro médico que defendia a cloroquina, o pediatra e toxicologista Anthony Wong, morreu semana passada, ainda de causas não divulgadas.


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