A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS) em Santa Maria fechou o 1º trimestre de 2022 com uma alta de 11,1% sobre o mesmo período de 2021, em valores nominais. Porém, se for levada a inflação de 11,3%, a cidade acaba tendo uma queda real de 0,2% de 2021 para 2022. Na prática, a arrecadação ficou praticamente estagnada de um ano para outro. Enquanto oito setores tiveram crescimento real neste 1º trimestre, já que a alta nominal (sem descontar a inflação) da arrecadação variou entre 16,2% e 61%, outros quatro fecharam no negativo.
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Ainda de acordo com os dados da Receita Estadual, obtidos com exclusividade pela coluna, Os melhores resultados nesses três primeiros meses do ano foram dos setores de vestuário e calçados (61,4% de alta nominal), polímeros (38,9%) e eletrônicos (32,1%). Já os setores que estão sofrendo com queda de vendas são veículos (-28,2% de queda nominal), agronegócio (-21,5%), metalmecânico (-9,3%) e supermercados (-4,0%). Nesse último setor, chama a atenção que as vendas, no mês passado, ficaram 25% menores do que em março de 2021. Porém, na comparação entre fevereiro e março deste ano, houve um aumento pequeno de 4,7% nas vendas. Já a queda do agronegócio era esperada, devido à estiagem, que provocou quebra de 60% na safra de soja e de 15% na de arroz.
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Como a pandemia teve muitos altos e baixos de consumo, dependendo das medidas de restrição ao comércio e aos serviços em cada período, podem ocorrer algumas variações grandes, conforme o período de análise. A sazonalidade, como o período de férias, também influencia em alguns setores. A inflação elevada, na faixa de 11,3% ao ano, o aumento de endividamento de parte das famílias e o fim de auxílios do governo são alguns dos fatores que têm influenciado nas vendas de alguns setores.
RETOMADA
Já outros setores da economia de Santa Maria têm tido uma retomada importante devido à volta a certa normalidade, com maior movimento em bares, restaurantes e eventos. É o caso de áreas como vendas de bebidas (27,7% de alta nominal no 1º trimestre) e calçados e vestuários (61,4%). Esses foram setores duramente atingidos durante quase toda a pandemia da Covid-19. A esperança é que não surjam novas variantes e que o funcionamento das atividades não seja novamente prejudicado.
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