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Valdir Oliveira, após quatro meses internado, amplia sua pauta política


O vereador Valdir Oliveira avalia a conjuntura política local, após quatro meses internado para tratamento da Covid-19. Acompanhe a entrevista com o líder do PT na Câmara:

Claudemir Pereira - Que tipo de avaliação do nosso jeito de fazer política é possível, depois de quatro meses de internação, boa parte deles em UTI?

Valdir Oliveira - Assim como no meu primeiro mandato, continuarei lutando pelo que é certo, pelo que é melhor para o coletivo. Mas, com certeza, esses quatro meses no hospital trouxeram muitas reflexões. A valorização da vida, da saúde, dos profissionais da saúde e da ciência serão uma das minhas principais pautas a partir de agora.

CP - Considerando que está a menos de um mês, outra vez, na Câmara, como a deixou (em fevereiro) e encontrou (agora), politicamente falando?

Oliveira - Quando eu saí, a Câmara ainda estava em recesso, mas posso fazer uma comparação com a legislatura anterior. O cenário está bem diferente, principalmente por causa dos blocos que se formaram. Antes, era só governo e oposição. Temos, hoje, vários blocos na Câmara de Vereadores, e isso muda bastante a configuração das coisas. Posso dizer que eu continuo sendo oposição ao governo municipal e, assim como no mandato anterior, continuarei sendo rigoroso na fiscalização. Assim como também estarei sempre buscando as melhores alternativas para Santa Maria.

CP - O senhor é o mais experiente dos vereadores do PT eleito em novembro, ainda que esteja só na segunda legislatura. É possível fazer comparações com o grupo anterior?

Oliveira - Cada legislatura tem suas particularidades, e o PT é um partido muito grande. Portanto, cada vereador eleito traz pautas diferentes. Mas tem coisas que sempre permanecem, independentemente da legislatura: a defesa dos trabalhadores e trabalhadoras e as pautas sociais.

CP - Qual sua posição sobre as CPIs, que, por sinal, foram criadas em sua ausência?

Oliveira - As CPIs são uma importante forma de investigação e fiscalização do Poder Legislativo, não só a nível municipal, mas também estadual e nacional. Eu ainda estou me ambientando a respeito de tudo que ocorreu nesses quatro meses. Também não faço parte de nenhuma das CPI's, mas o mais importante é que elas cumpram seu papel investigativo dentro do foco e sirvam ao interesse público.

CP - Algo que gostaria de acrescentar?

Oliveira - Primeiro, eu quero agradecer a toda Santa Maria pela torcida pela minha volta, é uma coisa que me emociona muito e que eu jamais imaginava. Segundo, quero reafirmar meu compromisso com Santa Maria. Nesse primeiro momento do meu mandato, vou lutar para que o Executivo implemente o quanto antes meu projeto sugestão para a criação de um centro de tratamento para os pacientes pós covid, para que as pessoas possam ter o atendimento adequado para superar as sequelas dessa doença tão difícil.

Os acréscimos no Cidadania e a versão de recesso do edil Admar

ACRÉSCIMO - O partido Cidadania, comandado por Carla Kowalski, ex-candidata a vice-prefeita, planeja deflagrar uma campanha de filiações. O objetivo é "fortalecer a agremiação pensando nas eleições de 2022 e 2024".

Enquanto isso não acontece, a dirigente comemora as adesões anunciadas nesta semana, do estudante de administração da UFSM, João Victor Machado, 22 anos e voluntário do movimento Acredito RS (que presidirá a seção jovem do partido), e de Daniel Ávila, 39, oriundo do PSB, sigla pela qual concorreu a vereador e fez 713 votos em 2020.

"FÉRIAS" - O vereador Admar Pozzobom, aparentemente, e no seu justo direito, não gostou de ter visto o colunista, em texto para a internet, usando a expressão "férias", ao se referir ao recesso que o parlamento municipal passou a viver nesta sexta-feira, dia 16, e assim será até o dia 31 deste mês.

O tucano afirma que "apenas não terá sessão plenária; a Câmara estará atendendo ao público e falo por mim: estarei com meu gabinete móvel nas ruas, mais perto das demandas solicitadas pelos munícipes".

Com todo o respeito ao parlamentar, por sinal um dos mais ativos e vibrantes, mas o fato é que, se "apenas não terá sessão plenária", o recesso também poderia ser extinto. E mais: no mesmo período, o Legislativo funcionará em expediente único. Portanto, o acesso ao público atendido ficará, no mínimo, limitado. Logo...

"01" entrega: Bolsonaro estaria entre PL, PP e Republicanos. E em Santa Maria?

Diante da dificuldade de "domar" o Patriota, partido que receberia Jair Bolsonaro e a ele entregaria o comando total, com direito a mudar direções Brasil afora, o atual presidente deverá mesmo buscar outra alternativa para se filiar e concorrer à reeleição.

O próprio filho mais velho (o '01', como o pai dele o chama), senador Flavio Bolsonaro, declarou que a tendência é ir noutro rumo, inclusive porque a ideia inicial, criar o 'Aliança pelo Brasil', finou-se antes do tempo.

O interessante, do ponto de vista santa-mariense, é que as três opções citadas por "01" têm sua expressão por aqui. Uma é o PL, presidido pelo ex-pedetista Miguel Passini, e sem representação parlamentar. As outras duas contam com grandeza bastante fácil de ser medida na cidade: o Progressistas, conduzido por Mauro Bakof, e o Republicanos, dirigido por Alexandre Vargas. Aliás, este último, é o partido no qual está abrigado o senador Bolsonaro.

Com a possível exceção do PL, nenhuma das outras agremiações, é absolutamente certo, cederá comando absoluto a Jair Bolsonaro. Mas, em Santa Maria, e no Rio Grande do Sul, com cristalina convicção, o PP é o mais bolsonarista dos partidos, com ampla e aberta adesão do candidato ao governo do Estado, senador Luiz Carlos Heinze.

Que agremiação abrigará o candidato à reeleição? Qualquer das três. Ou mesmo o Patriota, se for enfim "domado".

LUNETA

CAMPANHA

Definidos os candidatos a reitor e vice da UFSM e estabelecida a (cá entre nós) já projetada polarização, goste-se ou não, subsiste uma grande curiosidade para saber como será a campanha dos pretendentes aos cargos máximos da principal instituição santa-mariense. Sim, nada de busca de votos "de rua", e muito mais "de gabinete". Afinal, o número de eleitores é pra lá de restrito.

CAMPANHA 2

Claro que os contatos já aconteceram nesse interregno, mas a busca oficial pelo voto será aberta só no início da semana. E vai durar pouquíssimo tempo. Não se descartam (e até provável) materiais gráficos massivos. Mas apenas para servir como pressão aos verdadeiros eleitores, que são somente os integrantes dos Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), Universitário (Consu) e de Curadores.

PDT E REGIÃO

Reunião virtual na quarta-feira debateu do tema. Mas o dia D, meeesmo, é 31 de julho, daqui a duas semanas. O fato é que se encaminha a eleição para a Coordenadoria Regional Centro do PDT. E o nome do sepeense Eduardo Vargas é o especulado para assumir o lugar que hoje é ocupado pelo santa-mariense Marcelo Bisogno. O novo coordenador vai tratar, claro, da campanha eleitoral de 2022, entre outros assuntos.

E O REGIONAL?

Com a pandemia, o Hospital Regional deixou de ser aquele grande ambulatório para receber com exclusividade os pacientes do novo coronavírus. Com a redução gradativa, mas aparentemente sem retorno, no número de pacientes, a questão que fica é: o sistema vai voltar ao que era ou, enfim, o centro do Estado poderá comemorar a existência de mais um hospital de fato, inclusive com a sua UTI?

PARA FECHAR!

A menos de 15 meses da eleição de 2022, os partidos com representação em Santa Maria ampliam seus encontros internos, mesmo com as restrições da pandemia. Um deles foi o PP, que fez no meio desta semana a primeira reunião deste ano. Há poucas chances de o partido apresentar nome à Câmara dos Deputados. Mas poderá ter até dois à Assembleia Legislativa: João Ricardo Vargas e Roberta Leitão.

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