Claudemir Pereira

Um quinteto que pode estar fazendo o caminho de volta

São quatro veteranos de mais de um mandato e uma, sob esse aspecto, novata (de uma só legislatura). O que têm em comum? Primeiro, foram presidentes da Câmara de Vereadores. Segundo, todos poderão voltar ao Legislativo, embora não admitam oficialmente por enquanto a intenção.
Antes de chegar-se às diferenças, seus nomes e partidos em que estavam quando no cargo. Em ordem alfabética, Cida Brizola (PP), Luiz Carlos Fort (PT), Marcelo Bisogno (PDT), Sérgio Cechin (PP) e Vilmar Galvão (PT).


Agora, o que têm de diferentes as situações e trajetórias de cada um.


Cida Brizola está no União Brasil, mas se perguntarem a ela, não saberá dizer se continuará no partido até o momento em que decidirá seu futuro eleitoral. Pode ser no PSDB, como pode permanecer onde está.


Luiz Carlos Fort. O ex-petista foi para o outro lado do espectro político. Deixou o PT, assumiu o PL (antes de Bolsonaro, que se diga) e acabou no PP, até outro dia adversário. Será candidato? É uma das principais apostas do Progressistas.
Marcelo Bisogno. Poucos lembram, mas seu primeiro mandato de vereador foi pelo PT, no início do século. Depois, voltou às origens brizolistas, foi várias vezes candidato (a prefeito e deputado) e campeão de votos à Câmara em 2008. Está envolvido numa séria disputa interna no pedetismo e ainda não admite, mas é dado como provável que concorra à vereança em 2024.


Sérgio Cechin. É, dentre os militantes que passaram pelo parlamento, o decano. Seis mandatos não são para qualquer um. Sempre pelo PP (ou seus antecessores). Se dá como certo seu retorno à disputa, após a fracassada tentativa de virar prefeito, em 2020. Mais que isso, há quem aposta em novo desempenho excepcional na disputa à Câmara.
Vilmar Galvão. Ausente há duas legislaturas, por opção pessoal, está voltando às lides políticas e se encaminha para nova disputa. Consta que já começa a montar sua equipe de campanha, composta de voluntários que acreditam nele. Mais que isso, seria uma das apostas de uma, quem sabe, forte nominata do PT, o partido dele.


Não se sabe se todos vão confirmar a candidatura hoje pré-colocada. Mas algo é certo: todos são políticos que podem ainda dar liga. E o Legislativo sairia ganhando. Ou alguém duvida?


União Brasil, Bisogno, Farret, Cida... O que é boato ou tem fundo de verdade


É incrível a capacidade que a política possui de promover especulações, boatos e, creia, até mesmo fatos ou situações que tenham “fundo” de verdade. Isso ocorre com especial fome em épocas pré-eleitorais.


Nos últimos dias, em função da (tentativa de) intervenção do comando estadual na seção local do União Brasil, os bastidores viraram fervedouro. Envolvendo, inclusive, figuras que não são do partido nascido do desaparecimento do PSL e do DEM.


Alguns deles, e seu desdobramento, você verá a seguir, com a avaliação do colunista. Sempre deixando claro que isso é hoje. O amanhã na política sempre é relativo. Confira:

  • O União Brasil, José Farret e o PT. Aqui a porca torce o rabo. Pelo menos três fontes, com todo o cuidado, falam que, sim, a articulação começa em Brasília e passa por Porto Alegre. Envolveria a possibilidade de troca de comando no UB local, com a entrada do grupo do ex-prefeito e decano da política citadina, José Haidar Farret (foto), e a saída de todos os hoje aliados ao governo municipal e às pretensões de Rodrigo Decimo. Mais, abriria o caminho para uma aliança UB/PT, com Farret vice de Valdeci Oliveira.
    Observação da coluna: num primeiro momento parece delírio completo; algo digno de grande articulação e inviável na prática. Mas é apenas a primeira olhada. Já na segunda... Bem, bem... A conferir.
  • Marcelo Bisogno fora do PDT. Seu destino seria justamente o União Brasil. A coluna conversou com o próprio, que declarou: “estou no PDT e continuo acreditando na democracia interna. Se isso não acontecer, bem, aí vou sentar com meu grupo e ver o que fazer. Mas acredito no Partido”.
    Resumo da ópera: boato, apenas. E, dado o histórico do político, algo improvável.
  • Cida Brizola no PL ou no PSDB. A ex-vereadora do PP, e pré-candidata em 2024, quem sabe até a vice-prefeita, está claramente insatisfeita com a situação do União Brasil. Boatos dão conta de que, inclusive por conta disso, estaria se mandando e foi convidada por PL e PSDB.


Avaliação da coluna: é perfeitamente possível a saída do UB, da médica e militante das questões da mulher. E os caminhos possíveis seriam exatamente os citados, com mais chance para o PSDB, com quem Cida tem efetivamente papeado.



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