O semestre final do primeiro ano da atual legislatura do Parlamento também será para dar encaminhamentos em questões que seguem sem desfecho. Na agenda das prioridades do presidente do Legislativo, o tucano Admar Pozzobom, está a retomada da obra da nova sede da Câmara, parada há mais de década. O edil gostaria muito de encerrar seu período na presidência com licitação pronta para ir à rua e, assim, ver em 2026 reiniciarem os trabalhos.
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Ao mesmo tempo, Admar colocou na lista das prioridades resolver problemas crônicos dentro do Palacete. A começar por atacar questões estruturais que fazem com que gabinetes, setores administrativos e Plenário sejam considerados insalubres. Resta saber, neste semestre final, o que será possível enfrentar. Até porque entre o real e ideal, e entre o orçamento e os contingenciamentos, algo terá de ser priorizado.
Novo governista
Se antes, Marcelo Bisogno, do União Brasil, se colocava como “nem governista nem oposição”, isso agora caiu por terra. Com a saída de Tubias Callil (PL) e a exoneração dos dois CCs que ele apadrinhava, nos setores de Informática e do Almoxarifado, quem teve fatia assegurada foi o vereador e radialista do UB. Ele ficou com o cargo da chamada Tecnologia da Informação, além disso, um dos integrantes do gabinete dele foi nomeado na prefeitura. Na finaleira do primeiro semestre, Bisogno foi quem “puxou” a defesa do governo Decimo em duas ocasiões específicas: a CPI da Corsan (críticas à condução dos trabalhos) e na questão do transporte coletivo (lembrando que ninguém havia resolvido a situação da licitação do modal).
Super disputa...
O grande confronto do próximo ano tende a não ser para o Palácio Piratini. Embora importante, claro, a quantidade de estrelas se movendo para ocupar as vagas no Senado, hoje de Paulo Paim e Luiz Carlos Heinze (que, diz-se, ainda concorre), indica ser por elas que haverá a super disputa de 2026.
Partidos se agitam para incluir os principais nomes. Para ter ideia de quão animado pode ser o pleito, basta ver quem são os cogitados.
...pelo Senado
Sem prejuízo dos demais, cinco, talvez seis, ilustres figuras podem virar candidatos. À direita, além do próprio Heinze, se for mesmo à luta, já se colocam Sanderson (PL), e Marcel Van Hattem (Novo). Além de, claro, Eduardo Leite (PSD) tido como centrista-se não concorrer ao Planalto. Pela esquerda, há o nome do santa-mariense Paulo Pimenta (PT) e, talvez, Manuela D’Ávila, por PT, PSB ou PSol, pelos quais foi convidada a se filiar.
Frente e tarso
O patrocinador da ideia é o ex-governador Tarso Genro, do PT. O que ele e outros intentam é formar uma hoje muito difícil frente de oposição. Que reuniria basicamente os partidos mais à esquerda, mas não apenas. Entre as agremiações convidadas às conversas, e pelo menos uma já aconteceu, estão, além dos petistas, também lideranças do PDT, PSB, PC do B e PSol.
Operante
A comunicação da Câmara usou o período de recesso parlamentar para movimentar as redes sociais do Legislativo ao apresentar os setores que fazem o dia a dia, o cotidiano, do Palacete da Vale Machado. A série conta com breves vídeos que mostram um pouco do funcionamento das repartições do parlamento e teve como pano de fundo “comprovar” que a Câmara seguiu operante durante os 15 dias de recesso.
Para fechar
Não é de graça que muitas agremiações pensam em fusão ou federação. Para superar a cláusula de barreira em 2026, os partidos brasileiros precisarão eleger 13 deputados federais, distribuídos em no mínimo nove Estados, ou alcançar 2,5% dos votos válidos para a Câmara, espalhados também por nove províncias, com o mínimo de 1,5% dos votos em cada um. Uma pedreira, não?