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Riesgo buscará reeleição em 2022. E a cidade está no radar do Novo para 2024

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Uma das surpresas das urnas de 2018, Giuseppe Riesgo, do Novo, deve mesmo ser candidato à reeleição em 2022. Aqui, em respostas a questões da coluna, o deputado estadual explicita a estratégia político-eleitoral do partido e, inclusive, antecipa uma possibilidade local não cogitada em 2020. Acompanhe:

Claudemir Pereira - O Novo surpreendeu, em 2018, ao eleger dois deputados. Especialmente em Santa Maria, o partido ganhou voz. Dito isto, qual a estratégia a ser adotada em 2022? O senhor é candidato outra vez a deputado estadual ou??

Giuseppe Riesgo - Tendo em vista a cláusula de barreira, a grande concentração de recursos e, principalmente, a excessiva concentração de pautas legislativas em Brasília, onde efetivamente pode ocorrer uma maior mudança no Brasil, a estratégia nacional do Novo para 2022 continua sendo a mesma de 2018: aumentar nossa base de deputados federais. É a forma mais efetiva de mudar os rumos do Brasil. O melhor remédio para evitar uma má gestão vinda do presidente da República, seja quem for, é ter uma bancada forte de pessoas comprometidas a lutar contra a impunidade e a corrupção e a favor das reformas liberais para que todos no Brasil possam ter a oportunidade de crescer pelo próprio esforço. O Novo quer ser um dos partidos do Rio Grande do Sul com mais deputados federais. A estratégia regional também é figurar entre as maiores bancadas da Assembleia, de forma a ter mais influência do que temos hoje. Por esse motivo, cogito liderar o time de candidatos a deputado estadual para tentar alcançar esse objetivo.

CP - Não obstante contar com um parlamentar na Assembleia, em Santa Maria o partido segue numericamente pequeno. São apenas 134 filiados, segundo dados de fevereiro, do TSE. Qual é o plano para o Novo na cidade?

Riesgo - O Novo tem um diferencial em relação aos outros partidos. O filiado não é apenas um número. Ele é responsável por contribuir mensalmente e sustentar o partido, de forma que a sua participação e opinião são fundamentais. Por isso, creio que 134 filiados pode ser considerado bem significativo. Quais partidos em Santa Maria teriam esse número de pessoas contribuindo mensalmente? Creio que somente os maiores.

Claro que queremos mais, mas fomos bem prejudicados pela pandemia, pois a estratégia de crescer a nossa base sempre se deu em muita presença física, reuniões, eventos e palestras. A adesão é muito grande quando temos a oportunidade de mostrar nosso trabalho. Nosso foco, agora, é crescer e trazer pessoas que entendam e concordem com as nossas diretrizes, opiniões e forma de trabalhar na política. É mais importante crescer bem, com qualidade, do que crescer de qualquer jeito.

CP - Algo que gostaria de acrescentar?

Riesgo - Santa Maria, infelizmente, não teve candidaturas do Novo em 2020 por conta da diretriz nacional da época. No entanto, em contato com o novo presidente do diretório nacional, me certifiquei que a cidade estará nos planos de 2024 para candidaturas à prefeitura e Câmara. Já estou buscando possíveis interessados que representem nossas ideias na cidade. Caso alguém tenha vontade de participar desse processo, peço que entre em contato comigo por meio das redes sociais.

A nada fácil vida eleitoral de Lasier Martins

É verdade que a disputa para o Palácio Piratini chama mais a atenção do distinto público. Mas a grande bronca eleitoral que se aproxima em 2022, no Rio Grande, é a luta pela única vaga ao Senado em disputa. E que tem um titular, Lasier Martins, hoje no Podemos (mas eleito pelo PDT), em princípio como candidato à reeleição.

No entanto, se prenuncia briga das feias por esse mandato de oito anos na câmara alta. É possível que o confronto coloque na urna eletrônica um punhado de pesos pesados da política gaúcha, com direito até a governadores (atual e ex) em busca dessa vaga.

Na hipótese de não vingar a disputa ao Planalto, pelo PSDB, poucos duvidam que Eduardo Leite não esteja na lista de concorrentes ao Senado. E seria, talvez, o oponente mais complicado para Lasier.

Quer dizer... No MDB se assanham e, dizem, se articulam, nada menos que dois ex-governadores: os caxienses Germano Rigotto e José Ivo Sartori. Se um não quiser, o outro quer. E/ou vice-versa.

Claro que há mais nomes a serem apresentados, inclusive, talvez, se não concorrer ao Piratini, o presidente do Grêmio e pedetista histórico Romildo Bolzan Júnior. Imagina-se que o PT, cuja candidatura ao Piratini pode ser descartada para apoiar outro nome da Esquerda (Manuela D'Ávila, do PC do B?), também apresente algum de seus históricos. E aí desponta Miguel Rosseto.

Resumo da ópera: não será nada fácil a vida de Lasier Martins, se ele confirmar a candidatura à reeleição.

Cida Brizola, mais uma figura fora do PP

A ex-vereadora Cida Brizola está deixando o Progressistas. O pedido foi redigido, apurou a coluna, na terça-feira e a decisão se deve ao que seriam "muitas dicotomias entre ela e a direção e os rumos políticos a ser seguidos pela agremiação".

O requerimento não diz, mas a ideia inicial é que a ex-parlamentar fique um tempo ostentando a independência. Mas, atenção: segundo interlocutor de Cida Brizola, com quem o colunista papeou, o caminho provável seria o PSDB. Enfim, uma nova tucana.

As razões não são necessariamente as mesmas, mas o fato é que a ex-edil é a segunda da bancada do PP na Legislatura passada a abandonar o partido. Antes, e ainda sem destino definido (no momento em que esta coluna é fechada) já havia saído, mesmo antes do final do mandato passado, o então vereador Vanderlei Araújo.

O fato é que tanto Cida quanto Araújo são desfalques importantes para o pepismo local. Que, cada vez mais, tem a cara (e a posição política) do senador Luiz Carlos Heinze, que concorrerá ao Palácio Piratini em 2022.

LUNETA

PLEBISCITO
Valdeci Oliveira emplacou, em 24 horas, dois requerimentos aprovados na Assembleia. Um na terça, na Comissão de Assuntos Municipais, outro na quarta, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Ambos prevendo a realização de audiência para tratar da PEC que desobriga o Estado de realizar plebiscito para vender a Corsan, o Banrisul e a Procergs. O que falta, agora, é marcar as datas.

PARA DEPOIS
Ao que tudo indica, também o MDB deverá adiar as convenções previstas para agosto, quando seriam renovadas (ou mantidas) as Executivas e os diretórios municipais do partido no Rio Grande do Sul. Só um improvável superabrandamento da pandemia mudaria esse cenário. Ah, e também devem ficar para depois as convenções de outra sigla gigante no Estado. No caso, as do PP, que aconteceriam em maio.

CONSENSO?
Cresce a sensação, nos bastidores da política local, de que o MDB se encaminha mesmo para ser presidido, no momento "que der", pelo médico, ex-vereador e ex-candidato a vice-prefeito Francisco Harrisson (como a coluna antecipou há duas semanas). E há a possibilidade (não exatamente rara na agremiação) de haver consenso. Tanto para o diretório quanto para a executiva.

NOVOS LÍDERES
Com os ditos militantes históricos fora (até fisicamente, mas talvez por aparente enfaro), fica evidente que novos líderes fazem, com a presidente Magali Marques da Rocha, o debate interno no MDB local. De todo modo é visível que o vereador Tubias Calil se põe (ainda que não diga e talvez nem pense nisso) como o nome de Cezar Schirmer nas discussões, enquanto Roberto Fantinel, o deputado, seja a liderança ascendente.

PARA FECHAR!
O estatuto do Novo não permite que Giuseppe Riesgo (leia a nota que abre esta coluna), como detentor de mandato eletivo, seja membro da Executiva. A gestão é separada dos mandatos. Assim, está em curso a sucessão da liderança local do partido. Ainda não se sabe quem, mas o certo é que a atual presidente, Nathalia Ávila, está passando o bastão para um novo dirigente, a ser anunciado nas próximas semanas.

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