Claudemir Pereira

O que esperar da Direita e seus dois candidatos à prefeitura de Santa Maria

O que esperar da Direita e seus dois candidatos à prefeitura de Santa Maria

PP não tem candidato competitivo, dado que Sérgio Cechin, derrotado em 2020, é possível grande puxador de votos para a Câmara. Mesmo Evandro de Barros Behr, que concorreu pelo Cidadania em 2020, não chega a ser citado com ênfase por militantes graúdos.

 
Então, por que o partido, reunido no início da semana, diz que terá candidatura própria à prefeitura? Ora, para estar no “mercado”. Inclusive porque, historicamente, é o maior entre todos os partidos conservadores e de Direita na cidade. Abrir parêntese. Consta que, nacionalmente, o partido já discute até a possibilidade de mudar de nome, afinal, Progressistas é até bonito, mas não fecha com a postura da agremiação. Fechar parêntese.


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Mas, enfim, o que também sinaliza a nova postura do PP santa-mariense? Claramente, o que se tem é algo que, num passado nem tão distante, era característica ligada à Esquerda: a divisão. Sim, os destros da Boca do Monte, hoje, a levar-se a sério todas as possibilidades aventadas, tem três representantes como pré-candidatos. A saber: o não identificado do Progressistas, o novista Giuseppe Riesgo e o futuro integrante (ainda a confirmar-se) do PL Rodrigo Decimo.

 
Tem voto para todos? Tem. Em quantidade suficiente para ganhar a eleição? Todos no mesmo time, talvez. O busílis, aqui, é que PP e Novo, juntos (o que e o mais provável), são oposição ao PL (e ao PSDB, pelo menos), que estão no governo. Que ambos, pepistas e novistas, combatem com toda a força do coração e da retórica.

 
O interessante é que ambos, ou mesmo os três, por atos e palavras, consideram a fortaleza e, em âmbitos mais restritos, o favoritismo da Esquerda, representada pela candidatura do petista Valdeci Oliveira. Que, por sinal, em jogada que muitos consideram de mestre, se compôs com partido nacionalmente do lado destro, o União Brasil.

 
O que se tem, então, são (ao menos) duas postulações direitistas que têm um adversário comum, o petismo (unido ao UB), mas que não conseguem se entender no seu próprio campo. E não há indicativos de que isso seja possível, mesmo se admitindo que muito há de acontecer até daqui um ano, quando estiverem acontecendo as últimas convenções oficializadoras das candidaturas.

 
Há quem pergunte, não sem algum sentido, se nesse quadro em que haverá inevitavelmente o choque interno da destra, ela será capaz de unir-se meeesmo num eventual e provável segundo turno em que um deles terá de confrontar-se com o lado canhoto. Será possível todos no mesmo palanque? Sim, é a resposta. Mas com uma postura proativa? Ai, já é melhor esperar para conferir. Até lá, o que se tem é uma Direita dividida em Santa Maria. Algo raro, mas real.

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